Os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) anunciaram nesta terça-feira (5) o fim da luta armada, depois de mais de um ano e meio de combates contra o Exército da República Democrática do Congo (RDC) e as forças da ONU,
Em comunicado intitulado "Anúncio do fim da rebelião", o presidente do M23, Bertrand Bisimwa, assinala que, a partir de agora, o grupo tentará alcançar seus objetivos por meios políticos.
"A direção do Movimento 23 de Março anuncia à opinião (pública) nacional e internacional que decidiu pôr fim a sua rebelião e perseguir, por meios puramente políticos, a busca de soluções às profundas causas que provocaram sua criação", afirma Bisimwa, líder político dos rebeldes, na nota.
Os milicianos do M23 iniciarão um "processo de desarmamento, desmobilização e reinserção social na modalidade convida com o Governo da República Democrática do Congo", acrescenta o comunicado.
O anúncio foi feito depois que as Forças Armadas da RDC tomaram os últimos redutos em poder do M23 na conflituosa província de Kivu do Norte (este).
O Exército ficou com o controle das colinas de Runyonyi, Thanzu e Mbuzi, onde se entrincheiravam os milicianos do M23, durante os confrontos que aconteceram nas últimas 24 horas, confirmou hoje à Efe o porta-voz do governo congolês, Lambert Mende.
"Essas três colinas, que eram suas últimas trincheiras na fronteira de nosso país com Uganda e Ruanda e para onde os rebeldes tinham fugido, estão completamente controladas por nossas tropas", afirmou Mende por telefone.
Nas operações, ocorridas em uma zona a cerca de 75 quilômetros de Goma, capital de Kivu do Norte, os soldados destruíram dois grandes depósitos de armas dos quais os insurgentes se abasteciam, segundo o porta-voz do exército, general Jean Richard Kassonga.
O governo congolês havia exigido ontem ao M23 que anunciasse "oficialmente" a cessação das hostilidades e abandonasse as zonas que ainda mantinha sob seu controle, já que, caso contrário, o exército continuaria sua ofensiva.
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