Combatente rebelde ajuda colega a atravessar o corredor depois que rebeldes feridos foram levados ao hospital em Ajdabiyah. Um ataque aéreo da Otan atingiu um posto rebelde, matando ao menos cinco pessoas| Foto: REUTERS/Youssef Boudlal

Um ataque aéreo da Otan atingiu uma posição ocupada por rebeldes perto da disputada cidade líbia de Brega, nesta quinta-feira, matando até cinco pessoas, disseram rebeldes e fontes hospitalares.

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Um comandante dos rebeldes afirmou que o caso parecia ser "fogo amigo", mas garantiu que o incidente não causará qualquer tensão com a Otan, apesar de os insurgentes estarem atrás de explicações.

"Não estamos questionando a intenção da Otan, porque eles devem estar aqui para nos ajudar e ajudar os civis, mas gostaríamos de receber algumas respostas sobre o que aconteceu hoje", disse o líder das forças rebeldes, Abdel Fattah Younes, em Benghazi.

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Rebeldes feridos levados ao hospital de Ajdabiyah, no leste dominado pelos opositores, disseram que sua posição foi atingida por um ataque aéreo.

"Foi um ataque aéreo da Otan sobre nós. Estávamos perto de nossos veículos nas proximidades de Brega", disse o combatente ferido Younes Jumaa em uma maca no hospital. O enfermeiro Mohamed Ali disse que pelo menos cinco rebeldes foram mortos.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que está investigando o ataque.

Os insurgentes vêm lutando para tomar o controle de Brega das forças leais a Kadafi há uma semana, uma batalha de ganhos e perdas ao longo da costa do Mediterrâneo.

Macas manchadas de sangue eram levadas para fora do hospital de Ajdabiyah, portão de entrada do encrave rebelde de Benghazi, no leste.

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Porta-vozes dos rebelados também disseram à Reuters que as forças de Kadafi mataram cinco pessoas e feriram 25 em um bombardeio de artilharia em Misrata, cidade isolada do oeste, na quarta-feira.

O combate forçou o fechamento temporário do porto de Misrata, vital para a chegada de suprimentos para os civis sitiados, afirmaram os porta-vozes, acrescentando que os ataques aéreos da Otan atingiram posições pró-Kadafi no entorno de Misrata.

Terceira maior cidade líbia, Misrata se insurgiu contra Kadafi juntamente com outras cidades em meados de fevereiro e está sitiada há semanas, depois que uma repressão violenta pôs fim à maioria dos protestos em outros pontos do oeste do país.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, expressou preocupação com a deterioração das condições para os civis em Misrata e Zintan, no oeste, e Brega, no leste.

Ele disse que a situação em Misrata é particularmente grava e pediu o fim imediato de todos os ataques contra civis.

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A guerra civil interrompeu 80 por cento do escoamento de petróleo do país produtor, declarou uma autoridade do governo nesta quinta-feira, enquanto rebeldes e forças de Kadafi trocavam acusações sobre quem atacou os campos de petróleo vitais para os dois lados.

Os rebeldes dizem que ataques do governo a três diferentes instalações no leste interromperam a produção de petróleo que necessitam para financiar o levante de oito semanas contra Kadafi.

Mas o vice-ministro das Relações Exteriores, Khaled Kaim, declarou aos repórteres que a Força Aérea britânica danificou um oleoduto durante um ataque ao campo de petróleo de Sarir que matou três guardas.

Não houve resposta imediata do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha ou da Otan, que coordena os ataques aéreos para proteger os civis das forças de Kadafi.

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