A aliança islâmica Organização para a Libertação do Levante e outras facções oposicionistas apoiadas pela Turquia conseguiram entrar nesta sexta-feira (29) em dois bairros nos arredores da cidade de Aleppo, no norte da Síria, após uma ofensiva de três dias contra as tropas regulares sírias, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
De acordo com a ONG, as facções armadas “conseguiram entrar nos limites dos bairros de Hamdaniya e Nova Aleppo”, no oeste da cidade, onde os rebeldes realizaram “um duplo atentado suicida” com dois carros-bomba.
“Nossas forças estão penetrando no bairro de Hamdaniya e no bairro de Nova Aleppo e continuam avançando, com a ajuda de Deus”, anunciou a Administração de Operações Militares dos insurgentes em seu canal no Telegram, no qual pediu aos cidadãos que “cooperem” para “expulsar” o Exército do ditador sírio, Bashar al-Assad.
O observatório apontou que também houve “violentos confrontos” entre os dois lados “após o avanço de um grande número de membros da Organização de Libertação do Levante e facções em direção à cidade” de Aleppo.
Horas antes, ocorreram combates fora dos portões da cidade do norte da Síria, onde os insurgentes assumiram o controle do Centro de Pesquisa Científica.
O Comando do Exército e das Forças Armadas da Síria informou, em comunicado, que os militares posicionados em Aleppo e na vizinha Idlib - o último reduto da oposição no país - “continuam enfrentando o grande ataque lançado por organizações terroristas armadas”.
A entidade também acusou a “terrorista Frente al-Nusra” - como a Organização para a Libertação do Levante era conhecida anteriormente - de usar armas pesadas e médias, drones e “grandes grupos de combatentes terroristas estrangeiros” em sua ofensiva para capturar Aleppo.
“Nossas forças armadas foram capazes de infligir pesadas perdas aos grupos agressores, causando centenas de mortos e feridos, destruindo dezenas de veículos blindados e conseguindo abater e destruir 17 drones”, relatou o Exército sírio, que acrescentou que continua a reforçar “todos os pontos” para repelir os ataques.
De acordo com a nota, as tropas regulares também recapturaram algumas áreas tomadas por facções armadas apoiadas pela Turquia depois que o observatório informou que mais de 50 cidades estavam sob controle dos rebeldes após três dias de combates sem precedentes em cinco anos.
Pelo menos 255 pessoas foram mortas desde a eclosão da violência na quarta-feira passada, incluindo 24 civis - a maioria em bombardeios realizados por aviões russos aliados de Damasco -, 144 combatentes da oposição e 87 soldados do Exército sírio e grupos aliados, de acordo com o observatório.
A Organização para a Libertação do Levante controla a maior parte da província vizinha de Idlib, onde um cessar-fogo acordado por Turquia e Rússia vigora desde 2020, embora a persistência dos ataques do Exército de Assad tenha sido o gatilho para a ofensiva das facções armadas.
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