Uma força de manutenção da paz, liderada por australianos, lançou uma operação para a captura do rebelde timorense Alfredo Reinado no domingo, matando quatro pessoas, afirmou um comandante australiano.
Reinado, líder da revolta que mergulhou a nação em caos em maio passado, fugiu da operação e nega que seus homens tenham sido mortos.
``Esta manhã, forças internacionais realmente conduziram operações militares em Same, sul da capital Dili, para prender Alfredo Reinado. Até o momento, nós não o prendemos'', disse o Departamento de Defesa da Austrália.
``Não há membros da Força de Segurança Internacional mortos ou feridos na operação'', disse um porta-voz do departamento, adicionando que quatro timorenses do grupo de Reinado haviam sido mortos.
Reinado está foragido desde que escapou da prisão em Dili, em agosto, junto com outros 50 detentos.
``O número de soldados está completo. Somente uma pessoa foi ferida'', disse Reinado, adicionando que alguns militares australianos haviam sido feridos.
O presidente Xanana Gusmão deu ordens às tropas de segurança para prenderem Reinado após acusações de que o rebelde havia liderado um ataque a um posto policial e roubado 25 armas automáticas, no mês passado.
Reinado nega o ataque, dizendo que os policiais lhe deram as armas.
Gusmão pediu a Reinado para se render, dizendo que o governo o trataria com respeito.
``O Estado não vai mudar sua política no caso de Reinado... O objetivo da operação não é matar, é forçá-los a entregar as armas e se renderem.''
No sábado, Reinado disse à Reuters que queria negociar com o governo, mas não se entregaria a tropas internacionais. A Austrália tem 800 combatentes para manter a paz no Timor Leste, após a violência do ano passado.
Reinado já apareceu publicamente em diversas ocasiões desde sua fuga da prisão, incluindo um encontro com o chefe militar do país. As forças de segurança não tentaram prendê-lo.
O confronto entre Reinado e as tropas aumentaram os temores de violência antes das eleições presidenciais no próximo mês.
O Timor Leste votou em 1999 um referendo por sua independência da Indonésia, a que foi anexado quando deixou de ser colônia de Portugal em 1975. O país se tornou totalmente independente em 2002, após ser administrado pela ONU por um período.
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