Bagdá Homens armados assassinaram ontem um diplomata e seqüestraram quatro funcionários da embaixada da Rússia em Bagdá, no bairro de Masur, zona oeste da cidade.
O ataque foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores russo, que não divulgou outras informações sobre a vítima ou a respeito da situação dos reféns.
Segundo fontes do Ministério do Interior do Iraque, atiradores em três carros bloquearam a estrada em que os russos viajavam e abriram fogo contra o veículo. Os seqüestros são mais um lembrete dos desafios com relação à segurança que o novo primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, tem para cumprir a promessa de controlar a violência generalizada da guerrilha e rebeldes.
Diplomatas e outros estrangeiros no Iraque freqüentemente são alvo de seqüestros e ataques desde que as forças lideradas pelos EUA invadiram os país há três anos para derrubar Saddam Hussein.
No mês passado, um grupo militante seqüestrou um diplomata dos Emirados Árabes Unidos em Bagdá, mas o libertou duas semanas mais tarde. Um grupo que se denomina "Bandeira do Islã" reivindicou a responsabilidade pelo seqüestro de Naji al-Noaimi e exigiu que os Emirados Árabes retirassem seu principal diplomata do Iraque. Uma autoridade dos Emirados Árabes disse que nenhum resgate foi pago por Noaimi, mas três dias depois do seqüestro, o principal diplomata do país no Iraque foi retirado.
Em outros ataques a alvos diplomáticos no Iraque pós-Saddam, um caminhão-bomba em frente ao complexo da embaixada jordaniana em Bagdá matou 17 iraquianos e feriu cinco membros da embaixada em agosto de 2003. No mesmo mês, outro caminhão-bomba em frente à sede da Organização das Nações Unidas em Bagdá matou 22 pessoas, incluindo o principal enviado da ONU ao país, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Diplomatas ou funcionários de embaixadas do Japão, Irã, Alemanha e Estados Unidos também foram mortos nos últimos três anos.
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