Rebeldes líbios que tomaram o controle de uma cidade 80 quilômetros ao sul de Trípoli disseram nesta segunda-feira que iriam avançar rumo ao baluarte de Muamar Kadafi na capital.

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O pequeno povoado no deserto é a posição rebelde mais próxima a Trípoli e sua captura no final de semana deve alimentar novas esperanças na vacilante campanha de seis meses para depor Kadafi.

Combatentes contrários a Kadafi estão acampados desde o final de junho nos arredores de Bir al-Ghanam, sem conseguir avançar. Segundo rebeldes que estavam na cidade nesta segunda-feira, eles ocuparam o local no sábado sob proteção dos aviões de guerra da Otan.

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Eles disseram que o próximo alvo era Zawiyah, cidade na costa do Mediterrâneo, 50 quilômetros a oeste de Trípoli.

Zawiyah foi o local de duas revoltas frustradas contra o governo de Kadafi em fevereiro. A maioria dos combatentes de Bir al-Ghanam são de lá, apesar de um grande número daqueles que participaram das revoltas estarem presos ou mortos.

"Nosso objetivo é chegar a Zawiyah. Quando fizermos isso, Kadafi estará acabado", disse o rebelde Murad Bada, sentado na sombra de uma árvore e cantando uma música sobre Zawiyah.

A captura de Bir al-Ghanam é a maior conquista dos rebeldes em semanas de uma luta, na maior parte estática, em três frentes na Líbia.

Mas somente isso não será o suficiente para minar o poder de Kadafi.

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A pequena força rebelde que está se aproximando pelo sul poderia enfrentar uma resistência muito mais forte ao chegar perto da capital, onde tropas governistas devem lutar com mais força e poderão contar com o apoio popular.

O avanço rebelde nas outras regiões foi dificultado por divisões e conflitos internos, além de uma falta de experiência em combates.

No sábado, o primeiro-ministro líbio disse a jornalistas em Trípoli que as forças do governo estavam em controle em Bir al-Ghanam, depois de afastar um ataque rebelde.

Mas na manhã de segunda-feira, o único sinal de forças governamentais na cidade eram armas abandonadas depois de sua retirada, segundo um jornalista da Reuters que estava no centro da cidade.

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