Com apoio da artilharia da Otan, centenas de combatentes rebeldes entraram neste sábado em Sirta, no primeiro ataque significativo à cidade-natal de Muamar Kadafi em cerca de uma semana. A ofensiva foi recebida com fogo pesado dos soldados que permanecem leais ao ditador líbio.

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Apesar da resistência, os rebeldes que lutam em nome do Conselho Nacional de Transição (CNT) conseguiram conquistar a importante Praça Zafran, a cerca de um quilômetro do centro da cidade. Explosões foram ouvidas e nuvens de fumaça cobriram Sirta. De acordo com um médico, ao menos um rebelde foi morto e 25 ficaram feridos.

"Eles têm atiradores de elite sobre as mesquitas, os edifícios. Estão usando as casas e os prédios públicos", disse El-Tohamy Abuzein, combatente do CNT.

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A Otan não quis comentar suas operações em Sirta neste sábado, dizendo que seus aviões atingiram uma série de alvos na sexta-feira, incluindo um depósito de munições e uma bateria anti-aérea. Vários rebeldes dos CNT afirmaram terem ordens para conter um avanço sobre o centro da cidade por conta da possibilidade de ataques da aliança militar.

Uma explosão também foi ouvida na capital líbia. A situação de Trípoli, tomada há mais de um mês pelos rebeldes, vinha se mantendo sob controle. Ainda não se sabe o que causou a explosão.

O chefe do CNT, Mustafa Abdel Jalil, disse também neste sábado que o governo interino que assumirá o controle da Líbia será anunciado na próxima semana. Ao voltar de Nova York, onde representou a Líbia na reunião da Assembleia Geral da ONU, Jalil afirmou que os líbios devem estar unidos para formar um novo governo.

Desacordos sobre as cidades que deveriam ter representação e outras divisões internas fizeram o conselho rebelde fracassar ao tentar criar um Gabinete na semana passada.

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