Os rebeldes líbios decidiram neste domingo adiar sua entrada na cidade de Bani Walid, uma das três grandes fortificações de resistência do antigo regime, para tentar evitar um banho de sangue, mas parece que finalmente invadirão o local nas próximas horas.
A revelação foi feita à Agência Efe por um dos responsáveis da força de elite rebelde nos arredores desta cidade do deserto líbio, na qual poderiam estar escondidos pelo menos dois dos filhos do ex-homem forte da Líbia, o coronel Muamar Kadafi.
Algumas fontes rebeldes apontaram, além disso, que o próprio ditador poderia estar escondido ali, uma informação que não foi confirmada nem desmentida oficialmente.
"Houve conversas de última hora, mas já está tudo pronto", antecipou à Efe um militar no terreno, sem querer esclarecer se as conversas de última hora tinham fracassado, como apontam alguns meios de comunicação.
Neste sentido, o oficial insistiu que a entrada não se prorrogará muito mais, pelo temor que a trégua tenha servido para que os mercenários se preparem e para que grupos fiéis ao antigo regime tenham fugido à cidade vizinha de Sebha.
Embora haja poucas notícias sobre a situação no interior de Bani Walid, já que as comunicações foram cortadas há alguns dias, a expectativa é que ainda esteja ali um grupo de cerca de cem homens fortemente armados e franco-atiradores.
A eventual queda de Bani Walid, um dos vértices do triângulo da resistência junto a Sebha e Sirte, berço do ditador, é considerada pelo comando militar rebelde como o ponto de inflexão definitivo para o fim do conflito armado.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa