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Lí­bios carregam caixão de rebelde morto na área de Brega por forças leais a Kadafi, durante funeral em Benghazi | Reuters
Lí­bios carregam caixão de rebelde morto na área de Brega por forças leais a Kadafi, durante funeral em Benghazi| Foto: Reuters

Os rebeldes do leste da Líbia perderam 11 homens nas últimas 24 horas de combates pelo controle da estratégica cidade petrolífera de Brega, segundo fontes hospitalares.

Fontes de um hospital em Ajdabiyah, cidade a nordeste de Brega, disseram ter recebido cerca de 50 feridos na quinta e sexta-feira, e que um civil na cidade semiabandonada foi morto por um foguete disparado pelas forças do governante Muamar Kadafi.

Os rebeldes já conquistaram o bairro residencial de Nova Brega, mas ainda estão a cerca de 15 minutos da zona portuária e do terminal petrolífero. Eles consideram que capturar a estrutura petrolífera será crucial na sua campanha para derrubar Gaddafi, após quase seis meses de guerra civil.

Eles esperam começar a exportar petróleo de Brega assim que for possível, mas a disputa pela cidade já dura meses.

"Há combates frente a frente na área do terminal petrolífero hoje de manhã, mas talvez possamos acabar com isso hoje", disse o soldado rebelde Mohammad Muftah.

Na frente oeste, as forças rebeldes que se dirigem para Zawiyah, que está a apenas 50 quilômetros de Trípoli, a capital, não conseguiram avançar em relação à sua posição de quinta-feira, e permanecem estacionadas na aldeia de Bir Shuaib, a cerca de 25 quilômetros de Zawiyah.

A Reuters entrevistou um agente de segurança do regime que, depois de ser preso pelos rebeldes, disse que Gaddafi reforçou com cerca de mil recrutas a defesa de Zawiyah, onde existe uma refinaria. Mas não há armas pesadas ali, nem mercenários de outros países africanos, como alegam os rebeldes.

O general Al Hadi al Ujaili previu que os rebeldes terão dificuldades para capturar a cidade, e que Gaddafi ainda tem grande apoio em Trípoli e entre as principais tribos líbias.

Mais pressão

Na frente diplomática, um funcionário do governo tunisiano disse na sexta-feira que houve na semana passada contatos no seu país entre representantes dos EUA e de Gaddafi. Essa fonte, que pediu anonimato, não deu mais detalhes.

No mês passado, representantes norte-americanos já se reuniram com enviados de Gaddafi para reforçar a pressão pela renúncia do dirigente, no poder há 41 anos, e que, além da insurgência interna, enfrenta bombardeios da Otan e sanções internacionais.

Ampliando a pressão diplomática sobre o regime, mais países devem anunciar na semana que vem a liberação de bens para os rebeldes, segundo uma fonte oficial britânica. Vários países congelaram patrimônio pertencente ao regime de Gaddafi, e agora estão reconhecendo os rebeldes como legítimo governo da Líbia.

Em outra má notícia para Gaddafi, a Tunísia disse na quinta-feira que seus militares irão reprimir o contrabando de gasolina para a Líbia. Por causa das sanções internacionais e dos efeitos da guerra civil, as áreas sob controle de Gaddafi enfrentam dificuldades de abastecimento, e dependem do combustível trazido ilegalmente da Tunísia.

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