Rebeldes líbios lutavam neste sábado (20) em cidades costeiras de ambos os lados de Trípoli, numa tentativa de finalmente derrubar Muamar Kadafi, em meio a uma guerra civil que já dura seis meses.
Constantes explosões provocadas por granadas, morteiros e armas automáticas puderam ser ouvidas na sexta-feira no centro de Zawiyah, cidade situada na costa, a cerca de 50 quilômetros a oeste de Trípoli, na qual os rebeldes entraram nesta semana.
Morteiros atingiram um hospital central perto do amanhecer, deixando buracos nas paredes, enquanto era visíveis as cenas de destruição no interior do edifício. Na sexta-feira, houve confrontos ao redor do hospital.
Na praça central, moradores queimavam uma bandeira verde de Kadafi. "Kadafi está acabado. Os civis estão começando a retornar para as cidades. A Líbia está finalmente livre", disse um deles, que se identificou como Abu Khaled.
Em um beco próximo, moradores se aglomeravam para ver os corpos dos soldados do governo estendidos na rua. Tiroteios e explosões eram ouvidos a distância.
A tomada de Zawiyah transformou o conflito, ao deixar Trípoli sem sua principal ligação terrestre com o mundo exterior, gerando uma pressão sem precedentes sobre o mandato de 41 anos de Gaddafi.
Segundo testemunhas da Reuters, enquanto tentavam consolidar o controle da cidade e sua estratégica refinaria de petróleo, os rebeldes de Zawiyah reunidos na praça central trocaram tiros com as forças de Gaddafi, refugiadas em um hospital próximo, antes de expulsá-las.
O cerco súbito de Trípoli tem prejudicado os habitantes da capital e afetado o fornecimento de combustível e alimentos. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou na sexta-feira que vai realizar uma operação de resgate em massa para evacuar centenas de trabalhadores estrangeiros, provavelmente por mar.
Em torno de 600 mil dos cerca de 1,5 a 2,5 milhões de trabalhadores estrangeiros na Líbia fugiram do país desde o início da guerra civil, mas várias centenas permaneceram em Trípoli, que até esta semana estava bastante longe dos combates e ligada a duas horas de carro à fronteira com a Tunísia.
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