Supostos rebeldes maoistas explodiram uma mina terrestre e abriram fogo contra um comboio de carros que transportava líderes locais e apoiadores do partido do governo neste sábado (25), em uma região no leste da Índia. O ataque deixou pelo menos 17 pessoas mortas e 24 feridas, segundo informações da polícia.
O oficial de polícia M. Gupta informou que o ataque ocorreu na área de Sukma, cerca de 345 quilômetros ao sul de Raipur, capital do estado de Chhattisgarh. Dois líderes do partido do governo e cinco policiais estão entre as vítimas, de acordo com R. K. Vij, outro oficial local. Os autores do ataque ao comboio também sequestraram outro líder local do partido, Nand Kumar Patel, e seu filho, segundo Vij.
"Estamos devastados", disse a presidente do Partido do Congresso Sonia Gandhi, que classificou o episódio como um "ataque covarde" aos valores democráticos do país.
Um dos mortos é Mahendra Karma, um líder do partido no estado de Chhattisgarh que fundou uma milícia local, chamada Salwa Judum, para combater os rebeldes maoistas. Essa milícia teve de ser controlada depois de ser acusada de atrocidades contra tribos locais.
Os rebeldes, conhecidos como Naxalites, vêm combatendo o governo central da Índia há mais de quatro décadas, exigindo terras e empregos para agricultores e para os pobres. O grupo teve como inspiração o líder revolucionário comunista chinês Mao Zedong e são apoiados por populações tribais que se opõem à exploração corporativa e à corrupção.
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, afirmou que os rebeldes são a maior ameaça à segurança interna. Eles estão presentes em 20 dos 28 estados do país e têm milhares de seguidores. Em 2010, os rebeldes maoistas mataram 27 paramilitares em uma emboscada em uma densa floresta no distrito de Narayanpur, no estado de Chhattisgarh. As informações são da Associated Press.