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Guerra civil

Rebeldes negociam fim de conflito no Sudão do Sul

Moradores de Bor carregam seus pertences para tentar fugir dos conflitos no Sudão do Sul | Stringer/Reuters
Moradores de Bor carregam seus pertences para tentar fugir dos conflitos no Sudão do Sul (Foto: Stringer/Reuters)

Rebeldes do Sudão do Sul chegaram ontem à capital da Etiópia, Adis Abeba, para discutir detalhes de um cessar-fogo que pode dar fim a mais de duas semanas de uma carnificina que ameaçou mergulhar o mais novo país do mundo numa guerra civil.

A enviada das Nações Uni­das para o Sudão do Sul, Hil­de Johnson, disse que negociadores do governo também estavam a caminho, com os dois lados sob crescente pressão das potências regionais e ocidentais para que cheguem a um acordo.

A Casa Branca disse que negará apoio – vital para um país do tamanho da França que ainda não tem quase nenhuma infraestrutura mais de dois anos após sua cisão – a qualquer grupo que tome o poder à força.

Os dois lados concordaram, em princípio, com um cessar-fogo, mas nenhum deles indicou quando a luta vai parar. Os mediadores estão preocupados com a possibilidade de que os combates em torno da cidade crítica de Bor inviabilizem as negociações antes mesmo de elas começarem.

Combates

O ministro de defesa do Sudão do Sul disse que as tropas do governo estão combatendo os rebeldes a 18 quilômetros ao sul de Bor, capital do estado de Jonglei, que tem reservas de petróleo inexploradas e foi local de um massacre étnico em 1991.

"Há confrontos acontecendo em Bor. É uma zona de guerra", disse o ministro das Relações Exteriores do país, Barnaba Marial Benjamin. A disputa é pelo controle da cidade, que fica a apenas 120 quilômetros da capital Juba. As tropas do governo se retiraram de partes de Bor, porque temiam matar "meninos" que enchem as fileiras dos rebeldes, disse o diretor-executivo do grupo Empoderamento Comu­nitário para o Progresso.

Ontem, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, declarou estado de emergência em dois estados, afirmou o governo em sua conta oficial no Twitter. "O presidente Kiir declarou estado de emergência para os estados de Unity e Jonglei", disse o comunicado. As duas regiões têm sido focos de combates que já mataram mais de mil pessoas.

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