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Um general desertor do Exército sírio, Salim Idris, liderará o chamado Conselho da Direção Militar Conjunta Suprema Síria (CDMCSS), que une distintas facções revolucionárias sob seu comando e que foi apresentado nesta segunda-feira em um vídeo.

Um dirigente rebelde que faz parte deste Conselho e que pediu anonimato assegurou hoje à Agência Efe que Idris, comandante-em-chefe do CDMCSS, anunciou ontem a formação oficial deste novo comando após reuniões que aconteceram na Turquia.

Esta mesma fonte acrescentou que Idris planeja viajar hoje mesmo à Arábia Saudita, um dos países que mais apoiaram, tanto financeira como militarmente, os rebeldes sírios.

Em um vídeo divulgado hoje pelo canal de televisão catariano "Al Jazeera" - cuja autenticidade foi confirmada pelo alto oficial rebelde -, Idris explicou que a nova formação foi criada em uma conferência global, realizada entre os últimos dias 4 e 8, da qual participaram dirigentes de forças militares e revolucionárias sírias.

Segundo Idris, o novo corpo militar revolucionário tem o objetivo de "seguir o trabalho destinado à queda do criminoso (presidente sírio) Bashar al Assad e dos que estão envolvidos com ele na injustiça e na opressão".

"A Secretaria-Geral que une as forças e facções revolucionárias promete ao povo respeitar o sangue dos mártires e combater para pôr fim à corrupção, ao saque e à destruição", declara Idris, que aparece no vídeo rodeado de outros comandantes revolucionários enquanto lê um comunicado.

Além disso, assegura que o CDMCSS trabalhará até transformar a Síria em um Estado que "garanta a liberdade, a justiça e a igualdade de direitos, sem descartar ninguém, e que respeite os direitos humanos e proteja a unidade e a paz do país".

No entanto, as informações sobre o novo comando voltou a evidenciar as diferenças no seio dos rebeldes.

O "número dois" do autoproclamado Exército Livre Sírio, Malek Kurdi, assegurou ontem em declarações à Efe não ter sido convidado à reunião, da mesma forma que "outros dirigentes revolucionários importantes".

Kurdi acrescentou que, de acordo com suas informações, responsáveis dos serviços secretos de diferentes países, como o Catar, estavam presentes nesse encontro.

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