O Exército Livre Sírio (ELS) capturou 13 membros do grupo xiita libanês Hezbollah nas imediações da cidade de Homs, no centro da Síria, disse nesta terça-feira o conselheiro de informações dos insurgentes, Fahd Al-Masri.
O porta-voz assegurou que os combatentes do Hezbollah foram detidos há dez dias após "duros enfrentamentos" com o ELS, nos quais teriam morrido vários membros dessa organização libanesa.
Segundo Masri, os prisioneiros confessaram pertencer ao Hezbollah e alguns reconheceram ter participado de operações na Síria porque "pensavam que realizariam uma obra 'jihadista' para frustrar um complô contra" esse país.
O representante do ELS considerou que pode haver dezenas, e inclusive centenas, de militantes do Hezbollah, aliado do regime de Damasco, em diferentes pontos da Síria, sobretudo, nas imediações de Damasco e Homs, "porque são áreas estratégicas".
Ele assegurou que, nestas províncias sírias, há túneis através dos quais o regime de Bashar al Assad faz chegar armas iranianas ao Hezbollah.
"Ultimamente houve movimentos estranhos e tememos que o regime sírio tenha enviado armas proibidas internacionalmente ao Hezbollah, cujo destino está vinculado com o futuro do regime sírio", declarou.
No último dia 3 de outubro, Masri disse que o ELS tinha matado Mohammed Hussein al Hajj Nasif, considerado o chefe de operações das milícias do Hezbollah dentro da Síria, em um ataque em Homs.
No entanto, um deputado do Hezbollah, Kamel al Rifai, negou posteriormente no Líbano que seu grupo participe do conflito armado na Síria.
"Se o Hezbollah tivesse querido interferir na crise síria teria impedido o contrabando de armas e de elementos armados que utilizam a estrada entre Beirute e Arsal", cidade fronteiriça do leste do Líbano, afirmou Rifai ao jornal Al Sharq al Awsat.