A equipe de observadores da ONU na Síria conseguiu entrar ontem na cidade de Tremseh, palco de um massacre na quinta-feira. De acordo com os monitores, a maior parte das vítimas era de dissidentes que lutam contra o regime e desertores, o que contradiz a versão da oposição síria, segundo a qual os mortos eram civis. A missão, que evitou dar um número de mortos, voltará hoje ao vilarejo.
"O ataque parece ter sido dirigido a grupos e locais específicos em sua maioria desertores e dissidentes", informou, em comunicado, a missão da ONU. "Havia manchas de sangue no chão de várias residências, além de cápsulas de bala."
Ainda de acordo com os monitores internacionais, uma escola foi queimada e várias casas, destruídas, com sinais de incêndio em ao menos cinco delas. Há indícios de que foram utilizados desde armas leves até peças de artilharia. A missão chegou ao local após obter uma permissão do regime de Bashar Assad.
Os observadores, que vieram da capital Damasco em três veículos, se uniram a outro grupo que estava em Hama, também palco de violentos confrontos e reduto opositor, no centro do país, e seguiram para Tremseh.
Os rebeldes sírios denunciaram que mais de 220 civis foram mortos na cidade por forças leais a Assad. O Exército sírio, no entanto, desmentiu a versão e afirmou que enfrentou supostos grupos terroristas que vinham destruindo casas e cometendo assassinatos e sequestros.
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