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Os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) em Aleppo se preparam para defender a cidade do iminente ataque das forças do regime sírio, que esperam mais reforços militares, informou à Agência Efe o "número dois" do grupo.

O subcomandante-em-chefe dos insurgentes, Malek Kurdi, explicou por telefone que as tropas do presidente sírio, Bashar al Assad, sitiam a cidade com tanques, enquanto mais soldados governamentais estão a caminho da localidade procedentes de outras zonas, como Damasco.

Os reforços militares que se encaminham para Aleppo estão sendo atacados pelos combatentes do ELS com o objetivo de impedir sua passagem, informou Kurdi.

O subcomandante-em-chefe, que normalmente dirige as operações do exército do sul da Turquia, onde se encontra a cúpula do ELS, foi para Aleppo em função das movimentações das forças do regime para recuperar o controle da cidade.

"Tenho certeza que vão lançar uma grande ofensiva", disse Kurdi, que lamentou que devido aos armamentos leves que possuem não podem atacar o exército de Assad primeiro.

Os combates em Aleppo, a segunda cidade da Síria e centro econômico do país, começaram há uma semana e o ELS assegura controlar metade dos bairros.

Os grupos de ativistas opositores informaram hoje que os bombardeios com artilharia pesada e helicópteros militares castigaram principalmente os bairros de Al Fardus, Salah ad-Din, Al Sukari, Al Ansari, Al Mashhad e Bustan al Qasr, que estão em mãos dos rebeldes.

A luta pelo controle de Aleppo e a chegada de reforços militares do regime despertou o temor na comunidade internacional de que se produza "um massacre" na cidade, como apontou ontem a porta-voz do Departamento de Estado de EUA, Victoria Nuland.

A Alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou hoje o regime de Assad de arrasar zonas controladas pela oposição sem levar em conta a população civil.

Pillay denunciou os bombardeios de artilharia e aéreos, o uso de tanques nos centros urbanos e as execuções sumárias, ao mesmo tempo em que manifestou sua preocupação com "a probabilidade" de enfrentamentos em grande escala em Damasco e Aleppo.

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