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Rebeldes sírios tomaram o bairro de Sheik Said, próximo do aeroporto internacional da cidade de Aleppo, neste sábado. Com a ocupação da área, os militantes estão no controle de uma importante rodovia, que liga o norte da cidade ao aeroporto e que é utilizada pelo exército para transportar suprimentos e reforços aos soldados.

A organização não-governamental Observatório Sírio para Direitos Humanos informou que os rebeldes capturaram a área neste sábado após muitos dias de confrontos com as tropas do presidente Bashar Assad. Os militantes haviam se estabelecido fora das grandes cidades do país para ameaçar o regime, mas foram atacados pelas forças do regime.

Tropas leais ao presidente e rebeldes têm se enfrentado em Aleppo, maior centro urbano e principal centro comercial da Síria, desde que os opositores atacaram a região, há sete meses. Os guerrilheiros têm o controle de grandes partes da cidade e seus arredores, incluindo bases militares. No entanto, o grupo não tem tido forças para superar o poder de fogo do exército sírio.

Países ocidentais aliados à oposição, incluindo os Estados Unidos, têm relutado em fornecer armamento mais sofisticado aos rebeldes, por causa do crescimento da influência de um grupo ligado à al-Qaeda sobre os combatentes. Há temores de que radicais islâmicos tentam controlar a revolta, que começou com protestos pacíficos contra o regime.

Na Alemanha, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que "a oposição continua a crescer com força". "O presidente Assad, um tirano que teima em se agarrar ao poder, não está mais apto para liderar o povo sírio e deve sair", disse durante uma conferência anual de segurança em Munique.

Neste sábado, Biden deve se encontrar com o presidente da coalização opositora, Moaz al-Khatib, com o enviado da Organização das Nações Unidos à Síria, Lakhdar Brahimi, e com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. A Rússia é aliada de longa data de Assad e discordou das propostas norte-americanas para acabar com o conflito na Síria. Moscou tem sustentado que o atual presidente sírio é parte da solução para a crise, embora recentemente autoridades russas tenham criticado o regime.

No entanto, durante o encontro na Alemanha, Lavrov discordou das afirmações do vice-presidente Biden sobre a permanência de Assad no poder. "A persistência do discurso que a remoção do presidente Assad é prioridade número um, para mim, é a maior razão da continuidade da tragédia na Síria", disse.

O levante popular na Síria, que começou em março de 2011, já deixou mais de 50 mil mortos. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, entre os 50.009 mortos estão 34.942 civis, sendo que quase 8 mil aderiram à luta armada contra o regime de Bashar al-Assad. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 60 mil pessoas morreram no país. As informações da Associated Press.

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