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Revolta árabe

Rebeldes temem massacre em Aleppo

Policiais detidos por rebeldes na cidade de Aleppo, norte da Síria | Pierre Torres/AFP
Policiais detidos por rebeldes na cidade de Aleppo, norte da Síria (Foto: Pierre Torres/AFP)
Rebeldes preparam bombas caseiras |

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Rebeldes preparam bombas caseiras

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No sexto dia de luta por Alep­­po, no norte da Síria, re­­beldes disseram ontem con­­trolar metade da cidade.

O regime do ditador Ba­­shar Assad reage, porém, com forte bombardeio nessa cidade, a mais populosa do país. Há temor de que o Exército esteja preparando uma ofensiva violenta nos próximos dias.

Bashir, um dos comandan­­tes rebeldes, admitiu preo­­­­cupação com as informações de que dezenas de tanques estão a caminho de­­­­ Aleppo. "Há risco de sermos cercados", disse, com a­­ confiança abalada pela pri­­mei­­ra vez desde o início da­­­­ ofen­­siva.

Outros continuavam a esbanjar confiança. Abdelaziz Salama, líder do conselho revolucionário de Aleppo, gravou uma mensagem para ser divulgada na tevê Al Jazeera pedindo a cooperação dos moradores da cidade e oferecendo uma chance às forças do regime para se render. "Bashar Assad está se preparando para fugir da Síria. E vocês?", disse ele na mensagem, gravada diante da reportagem do jornal Folha de S. Paulo na cidade de Tal Rafat, cerca de 40 km ao norte de Aleppo.

A comunidade internacional manifestou-se com temor a respeito da situação. "Estamos preocupados com o que [o regime] é capaz de fazer em Aleppo", afirmou Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

Laurent Fabius, chance­­ler francês, pediu que Rús­­sia e China previnam um "ba­­nho de sangue" – am­­bos­­ vetaram resoluções con­­­­­­tra a Síria no Conselho de­­­­ Segurança da ONU.

Ativistas colocaram na internet um vídeo que, dizem, dá provas do uso de armas químicas em Homs. A imagem mostra uma fumaça alaranjada durante confronto.

Em Al Bab, ativistas contam que o Exército ameaçou usar armas químicas caso um capitão não fosse liberado para sair em segurança do cerco rebelde. Segundo eles, há relatos de médicos de que moradores da região apresentaram sintomas de armas químicas após inalarem gases.

O médico Ali Saloum, voluntário em um ambulatório improvisado no subsolo de uma mesquita de Al Bab, desconhece. Ele diz ter atendido secretamente mais de cem feridos em ataques, mas jamais viu sinais de armas químicas.

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