Os rebeldes que controlam o norte da Costa do Marfim anunciaram nesta sexta-feira ter-se apoderado de uma cidade em território controlado pelo governo, no oeste, e disseram que estão se dirigindo para o sul, aumentando a possibilidade de retomada da guerra civil no país.
Muitos moradores estão deixando Abidjã, a maior cidade da Costa do Marfim, diante do aumento dos confrontos entre forças governamentais e rebeldes. Na capital, Yamoussoukro, também há relatos de tiroteios.
Um chefe de milícia leal ao presidente Laurent Gbagbo confirmou que a cidade de Zouan-Hounien, no oeste do país passou a ser controlada por rebeldes, mas disse estar lutando para recuperá-la.
"Sim, Zouan-Hounien caiu em mãos dos rebeldes, mas estamos em vias de nos reorganizarmos (com o Exército) para retomar a cidade", disse Yao Yao, chefe de operações da milícia Frente para a Liberação do Grande Oeste, que falou à Reuters por telefone, de sua base na região de Zouan-Hounien.
As localidades tomadas pelos rebeldes são pequenas e não ficam num ponto estratégico, mas o anúncio de que conquistaram território de Gbagbo marca uma significativa escalada na crise, iniciada após as eleições presidenciais de novembro e que se tornou mais violenta esta semana.
Gbagbo se recusou a deixar o poder, apesar de seu rival, Alassane Ouattara, que tem forte apoio no norte, ter vencido as eleições, num resultado reconhecido internacionalmente. A ONU confirmou a vitória de Gbagbo.
Segundo a ONU, mais de 300 pessoas já morreram no conflito.
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