A economia paraguaia, muito dependente de commodities como a soja, dificilmente escapará da recessão neste ano. O FMI prevê que o PIB vai encolher 1,5%, depois de crescer 3,8% no ano passado.
Em 2010, o Paraguai teve expansão de 15%, mas é preciso ver esse resultado com cautela, já que no ano anterior houve retração de 3,8%. Grande parte dos problemas passa pelo campo.
A seca afetou a produção de soja, e casos de febre aftosa prejudicaram a venda de carne para o mercado externo. Para analistas ouvidos pela reportagem, a crise paraguaia é essencialmente política e não há consenso sobre os efeitos na economia local.
"Somos um país estável economicamente. As pessoas continuaram trabalhando, não creio num impacto muito grande", disse o cientista político Francisco Capli. Já o ex-ministro da Economia Cesar Barreto foi mais pessimista. "Vamos ter de pagar o custo desse episódio por dez anos, apesar de termos uma posição atual sólida, devido aos últimos oito anos de crescimento."
Para Capli, diretor da First Analisis y Estudios, a queda de Lugo está diretamente relacionada com suas opções de alianças políticas.
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