O Conselho de Guardiães, principal corpo legislativo do Irã, confirmou nesta segunda-feira (29) a vitória do presidente Mahmoud Ahmainejad nas eleições presidenciais do dia 12. A confirmação ocorreu após a recontagem aleatória de 10% dos votos, segundo a TV estatal.
A votação havia sido posta sob suspeita pela oposição, liderada pelo candidato derrotado Mir Hossein Moussavi, que denunciou supostas fraudes, negadas pelo governo. Protestos de rua deixaram ao menos 20 mortos, mas o número pode ser maior, segundo observadores internacionais.
"O secretário do Conselho dos Guardiães (aiatolá Ahmad Janati), em uma carta ao ministro do Interior (Sadeq Mahuli), anunciou a decisão final do conselho, e declarou a aprovação da acurácia dos resultados", segundo a TV.
A recontagem parcial dos votos havia começado nesta segunda, em 22 distritos de Teerã e em outras províncias do país.
Em uma alusão mais cedo de que o processo não colocaria em dúvida a vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad na eleição, a agência de notícias Irna já havia informado que, até o momento, a recontagem em um distrito de Teerã deu mais votos a ele do que no dia da eleição em 12 de junho.
Os resultados oficiais divulgados um dia após a eleição de 12 de junho mostraram que Ahmadinejad venceu com uma maioria esmagadora, incitando por dias protestos na ruas pelos partidários de Moussavi, que diz que a eleição foi fraudada.
A contestada eleição e suas turbulentas consequências têm dividido instituições políticas no Irã e levado o país a mais profunda crise desde a Revolução Islâmica de 1979. A mídia estatal diz que 20 pessoas morreram nos conflitos após a eleição, mas, segundo observadores internacionais, o número pode ser bem superior.
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