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A agência Associated Press colocou o estado da Pensilvânia na conta de Joe Biden, e com isso ele aparentemente venceu a eleição presidencial, com pelo menos 273 delegados no Colégio Eleitoral, enquanto Nevada, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte ainda não encerraram sua apuração.
A lei da Pensilvânia exige uma recontagem quando a diferença em todo o estado for igual ou menor que 0,5% da votação total. Enquanto escrevo, Biden tem 49,608% dos votos e Trump tem 49,098%, uma vantagem de 0,51 ponto porcentual. Além disso, é preciso lembrar que certos condados podem optar pela recontagem, se tiver sido verificada alguma discrepância na contagem.
Também enquanto escrevo, Joe Biden tem 34.414 votos a mais que Trump no estado*. Muito provavelmente, uma recontagem não vai achar dezenas de milhares de votos perdidos para o presidente.
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Entre 2000 e 2019, houve recontagens em apenas 31 das 5.778 votações em nível estadual, e elas resultaram em uma mudança média de 430 votos entre os líderes, representando 0,024% do voto nessas eleições. “A maior alteração de margem ocorreu no Vermont, em 2006, quando erros na contagem manual resultaram em uma alteração de 0,107% na recontagem, enquanto a segunda maior alteração na diferença foi de 0,076%”. Em 20 recontagens, o número de votos subiu para ambos os competidores; em três, a votação de ambos diminuiu.
Apenas três recontagens resultaram em reversão do resultado: em 2004, na eleição para governador no estado de Washington; em 2006, na disputa para auditor do estado de Vermont; e em 2008, na disputa de uma cadeira no Senado federal por Minnesota. Nos três casos, a recontagem encontrou votos perdidos em quantidade suficiente para transformar em vencedor o candidato democrata.
(* Nota da redação: no momento em que a Gazeta do Povo publicou este texto, a vantagem de Biden na Pensilvânia já havia subido para 41.223 votos.)
Jim Geraghty é correspondente político sênior da National Review.
© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.