A rede militante Haqqani pode ter se envolvido no atentado suicida de sábado em Cabul, o mais letal ataque terrestre contra tropas ocidentais no Afeganistão em dez anos de conflito, disseram autoridades na segunda-feira.
A explosão, a poucos dias antes de uma importante conferência sobre a segurança regional em Istambul, matou 13 estrangeiros.
"Ainda não temos nenhuma informação indicando uma ligação direta com a Haqqani, mas é muito possível que tenha relação com a Haqqani", disse um diplomata ocidental, sob anonimato.
As autoridades dizem que as pistas apontando para a Haqqani não são conclusivas, mas que o estilo do ataque e alguns equipamentos usados levam a essa hipótese.
Sirajuddin Haqqani, líder da rede militante, disse recentemente à Reuters que o grupo não está mais instalado no Paquistão, pois consegue agora operar confortavelmente no próprio Afeganistão.
Um policial graduado de Cabul disse que os explosivos usados no ataque provavelmente vieram do Irã ou do Paquistão.
"Se for do Paquistão, então definitivamente isso é obra dos haqqanis, mas não temos certeza, pois a investigação está em andamento", disse o policial, também sob anonimato.
Ele acrescentou que o grupo aparentemente deixou de reivindicar seus atentados, "para permitir que o Taliban receba o crédito, e para evitar futuros problemas".
A Isaf (força da Otan no Afeganistão) disse estar investigando o incidente de sábado.
"O que sabemos até agora é que o Taleban assumiu a responsabilidade", disse o porta-voz da coalizão, general Carsten Jacobson, à Reuters. "Estamos examinando se há envolvimento da Haqqani, e vamos reagir apropriadamente."
O Taleban assumiu o atentado de sábado, em que morreram norte-americanos, britânicos e um canadense, além de três outros civis e um policial afegãos.
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