Curitiba Ao abrir o restaurante Armazém Italiano há treze anos em Curitiba, o proprietário Bruno da Silva Draghi convencionou ser proibido fumar no recinto. "Ao longo dos anos, percebo cada vez mais que os fumantes estão mais conscientes. Em geral, as pessoas não reclamam de não poderem fumar no restaurante." No local há apenas um aviso na entrada e caso algum desavisado acenda um cigarro é imediatamente convidado a apagá-lo. "Nunca fui a favor de se fumar em locais fechados. Acredito que os fumantes começam a se sentir incovenientes e com peso na consciência de fumar perto de não fumantes e crianças."
A exceção é quando o restaurante se transforma em espaço para eventos particulares, à noite. "Deixo em aberto a opção dos convidados fumarem ou não, mas muitos acham melhor evitar o cigarro."
A lei 9.294, de julho de 1996, que estabeleceu restrições ao uso e propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, diz que é proibido fumar em locais públicos fechados, a menos que haja uma área isolada e reservada. Para Antônio Kondi, consultor do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba, os comerciantes estão cada mais vez se adequando à lei. "O cliente fumante não quer ser olhado com cara feia, assim como o não-fumante não quer ser incomodado."
Com o Programa de Convivência e Harmonia, da Associação Internacional de Hotéis e Restaurantes, mais de 3.500 estabelecimentos brasileiros (cerca de 200 em Curitiba) receberam recomendações técnicas para adequarem seus espaços para fumantes e não-fumantes, comenta Kondi. (KC)
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