Um comunicado atribuído ontem ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) afirmou que a norte-americana Kayla Jean Mueller, que era refém do grupo, foi morta durante um ataque aéreo conduzido pela Jordânia.
Segundo a mensagem, distribuída na internet, Kayla, de 26 anos, foi morta em um ataque à cidade de Raqqa, durante as orações muçulmanas, que são feitas perto do meio-dia às sextas-feiras. Ele diz ainda que os aviões bombardearam "a mesma área por mais de uma hora."
Em Washington, a Casa Branca afirmou que ainda não existem evidências o suficiente para corroborar a morte da norte-americana. Ainda assim, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, afirmou que o governo está "profundamente preocupado" com os relatos.
Já o porta-voz do governo jordaniano, Mohammed Al-Momani, disse que o país está checando a informação, mas que acredita se tratar de propaganda criminosa. "Como eles puderam identificar uma aeronave jordaniana no céu? E o que uma prisioneira norte-americana estava fazendo em um depósito de armas?"
A Jordânia, que faz parte da coalizão responsável pelos ataques aéreos, aumentou suas incursões à Síria após os extremistas divulgarem vídeo mostrando um piloto da Força Aérea do país sendo queimado vivo. O governo, entretanto, não divulga quais foram os locais atacados.
O anúncio do EI não pode ser confirmado por terceiros, de forma independente. Embora tenham também divulgado imagens do local após o bombardeio, a prisioneira não aparece em nenhuma delas.
Ativistas de organizações de direitos humanos que estão na região, entretanto, confirmam que aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam ontem os arredores da cidade de Raqqa. Um coletivo conhecido como "Raqqa está sendo silenciosamente massacrada" afirmou que os aviões atacaram diversas posições do EI, levantando colunas de fumaça no céu.