Ouça este conteúdo
No dia 7 de outubro do ano passado, um bebê de apenas nove meses de vida, Kfir Bibas, foi sequestrado por terroristas que invadiram o território israelense, na comunidade de Nir Oz, e levado para Gaza, onde segue desaparecido desde então com sua família, formada por seus pais, Shiri e Yarden, e seu irmão Ariel, de quatro anos.
Nesta quinta-feira (18), o pequeno refém completa seu primeiro ano de vida. A data, que seria motivo de comemoração para os familiares, ganhou um novo significado diante do sequestro e das atrocidades cometidas pelo Hamas.
Ao jornal israelense Times of Israel, o primo da mãe de Kfir, Jimmy Miller, se referiu à data como “o aniversário mais triste do mundo”. Segundo ele, toda a família vive em um estado de choque e inércia diário.
“Somos como robôs agora. Estamos fazendo tudo o que podemos para mover as coisas, porque vemos que as coisas não estão se movendo. Esperamos, esperamos e esperamos e nos encontramos com todos, com atores, pessoas famosas, pensadores, e todos eles nos abraçam e ouvem a história com empatia, mas não sentimos que alguém esteja fazendo alguma coisa”, afirmou o familiar.
A família de Bibas e manifestantes marcaram um encontro na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, às 15h de hoje, onde se juntarão a eles os principais artistas infantis israelenses com o objetivo de chamar a atenção para o trauma contínuo do sequestro de bebê.
A comunidade do Kibutz Nir Oz organizou na terça-feira (16) uma típica festa de aniversário de creche, que contou com um arco de balões laranja e um bolo, em lembrança ao bebê Kfir, seu irmão Ariel e seus pais.
A família e os amigos da família sequestrada publicaram fotos da festa de aniversário nas redes sociais para lembrar ao mundo que Kfir, Ariel, Shiri e Yarden foram brutalmente levados para Gaza no dia 7 de Outubro, quando cerca de 1.200 pessoas foram massacradas e cerca de 240 raptadas.
Nenhum dos membros da família Bibas foi libertado durante a trégua de uma semana no final de novembro, quando outras mães e crianças reféns foram libertadas. À época, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que Shiri, Ariel e Kfir estavam detidos por outra organização terrorista. Mais tarde, o Hamas alegou que eles foram mortos em um ataque aéreo israelense.
Uma das reféns libertadas na trégua, Nili Margalit, que passou quase 50 dias em cativeiro, afirmou que estava com Yarden Bibas quando terroristas do Hamas lhe disseram que sua esposa e dois filhos pequenos haviam sido mortos e ordenaram que ele filmasse um vídeo no qual culpava o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por se recusarem a trazer os seus corpos de volta para Israel.
As IDF disseram que as alegações feitas pelo Hamas em relação à família Bibas não foram verificadas e as descreveram como “terror psicológico”.