Shlomi Ziv, 40 anos, foi um dos quatro resgatados durante a operação em dois pontos em Gaza| Foto: Exército de Israel/EFE
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O governo de Israel afirmou, neste domingo (9), que três dos quatro reféns libertados do cativeiro em Gaza, durante o final de semana, estavam na casa de um jornalista que escrevia para a Al Jazeera e outros veículos de comunicação árabes, Abdallah Aljamal.

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Segundo a imprensa israelense, ele também foi porta-voz do Ministério do Trabalho do Hamas, que controla a Faixa de Gaza e foi responsável pelo massacre e sequestro de civis do lado israelense em 7 de outubro.

“Os reféns foram mantidos presos por Abdallah Aljamal e integrantes da sua família em sua casa. Isso evidencia o uso deliberado de casas e prédios civis pela organização terrorista Hamas para prender reféns israelenses na Faixa de Gaza”, disse o Exército de Israel em um comunicado.

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O jornalista, que escrevia para a Al Jazeera e outros veículos, foi classificado como um membro terrorista do Hamas. “Após verificações das Forças de Defesa (FDI) e do Shin Bet (agência de segurança interna), pode-se confirmar que Abdullah Jamal era um agente da organização terrorista Hamas, que manteve os sequestrados Almog Meir, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv na casa de sua família em Nuseirat“, disse o exército.

Em meio à guerra, vários artigos de Aljamal foram publicados no portal Palestine Chronicle, inclusive enquanto os reféns Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv eram mantidos em cativeiro em sua casa. A quarta refém, Noa Argamani, foi resgatada de um prédio próximo na operação deste sábado (8).

Ajiamal também escreveu uma coluna para a Al Jazeera, em 2019, gerando questionamentos se ele ainda era um correspondente em Gaza do meio de comunicação estatal do Catar. O veículo confirmou que o jornalista já colaborou com o portal, mas negou associação atual com o terrorista.

Após a grande operação de resgate, Israel estendeu por mais 45 dias a proibição das operações da emissora Al Jazeera no país, decisão que foi primeiramente tomada no mês passado, sob a justificativa de que o veículo apoia as atividades do Hamas e representa uma ameaça à segurança nacional.

Um militar israelense foi mortalmente ferido durante troca de tiros com os terroristas do Hamas nos locais de resgate.

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