Reflexos de um terremoto de magnitude 8,3, com epicentro no Chile, foram sentidos e na cidade de São Paulo na noite desta quarta-feira (16).
De acordo com a cirurgiã-dentista Simone Borges, 38, o tremor atingiu com força o prédio onde ela mora, no bairro Morro dos Ingleses, próximo à avenida Paulista.
“Moro no último andar do meu prédio, o 15º. A gente saiu de casa porque tremeu muito, meu lustre está balançando, tomei muito susto e cheguei a achar que fosse problema na estrutura do prédio”, narra Simone.
“Outras amigas no Whatsapp falaram que elas tinham sentindo no prédio delas também, então não é uma coisa localizada”, acrescentou a cirurgiã-dentista.
No Twitter, várias pessoas relataram ter sentido o abalo sísmico, principalmente na região da avenida Paulista.
Na universidade Anhembi Morumbi, também na av. Paulista, alunos do décimo primeiro e décimo segundo andar do prédio se queixaram de tontura. Como comentaram no mesmo momento, por volta das 20h, a segurança foi acionada.
Os bombeiros informaram minutos depois que os tremores foram percebidos em outra unidade da universidade, na avenida 13 de Maio.
Alunos de marketing, Jessica, Marie e Thiago contam que a trepidação foi sentida no fundo da sala, no 11º andar. “A representante de classe foi averiguar e viu que as salas estavam vazias. Logo depois os bombeiros entraram pedindo que deixássemos a sala”, conta Jessica Borges.
O Corpo de Bombeiros informou que recebeu cerca de 50 ligações referentes aos tremores na avenida Paulista, Tatuapé (zona leste), Vila Mariana (zona sul), e em Osasco e Guarulhos (ambas na Grande SP). Apesar do chamado, até as 20h não havia relato de desabamento ou feridos.
Segundo a corporação, caso tenham sentido os tremores, os moradores devem procurar por rachaduras na estrutura do edifício, evacuar prédios e acionar as Defesa Civil.
Santos
Em Santos, no litoral de SP, houve relatos de tremores em terra de moradores dos bairros Ponta da Praia, Aparecida e Embaré. A Defesa Civil do município recebeu dezenas de ligações de pessoas narrando que tiveram tontura com os tremores e que houve falha na luz.
Pelos relatos, o fenômeno durou por cinco ou seis segundos. Não houve danos a imóveis. Plantonistas da Defesa Civil explicaram aos moradores que possivelmente seria um reflexo secundário do terremoto no Chile.