Telão erguido pela polícia de Birmingham exibe suspeitos de participação nos distúrbios dos últimos dias na Grã-Bretanha| Foto: Reuters

A polícia britânica se prepara para ocupar as ruas na sexta-feira, buscando evitar que o maior consumo de álcool no fim de semana leve ao reinício dos distúrbios que tomaram conta de Londres e outras cidades esta semana.

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Steve Kavanagh, subcomissário-assistente da Polícia Metropolitana, disse que 16 mil agentes, em vez dos 2.500 habituais, permanecerão a postos em Londres, na sua maior mobilização em tempos de paz.

Mesmo em épocas normais, distúrbios motivados pelo consumo de álcool são comuns nas ruas da Grã-Bretanha nos fins de semana.

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Depois de interromper suas férias por causa dos acontecimentos registrados durante quatro noites e que deixaram cinco mortos, o primeiro-ministro David Cameron disse que os saques, incêndios e depredações são "criminalidade, pura e simples".

"A reação já começou para valer", disse Cameron numa sessão extraordinária do Parlamento, na quinta-feira, ao apresentar medidas destinadas a evitar uma repetição dos distúrbios - os piores na Inglaterra em várias décadas.

Mais de 1.200 pessoas foram detidas na onda de violência. Num dos casos, em Londres, Natasha Reid, de 24 anos, entregou-se à polícia porque, sentindo-se culpada depois de furtar uma TV, não conseguia dormir, segundo seu advogado.

Outro caso é o de Chelsea Ives, 18 anos, uma entre milhares de "embaixadores" que ajudarão visitantes durante a Olimpíada de 2012, que começa dentro de menos de um ano na cidade. Ela foi identificada por sua mãe em imagens de TV, depois de supostamente atirar tijolos num veículo policial, segundo a imprensa. Ives negou as acusações de furto e vandalismo.

Pelo menos cinco pessoas morreram durante os distúrbios, iniciados no sábado à noite, depois que a polícia atirou e matou um homem negro e se recusou a dar aos parentes dele informações sobre o incidente.

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Nesta sexta-feira, autoridades anunciaram a morte de um homem de 68 anos que havia tentado conter um incêndio iniciado na segunda-feira por desordeiros em Londres.

Em Croydon, na zona sul da cidade, um homem havia morrido baleado. As outras mortes ocorreram em Birmingham, onde um carro atropelou três homens que tentavam proteger seu patrimônio contra saqueadores.

Os britânicos estão divididos a respeito da motivação dos incidentes, mas muitos temem que a eventual redução do contingente policial - que foi recentemente alvo de contingenciamento de verbas - poderia deixar o país exposto a novas ondas de violência.