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O casamento
de Kate Middleton
e o príncipe William, marcado para abril, deverá
ser o evento midiático
do ano | Suzanne Plunkett/Reuters
O casamento de Kate Middleton e o príncipe William, marcado para abril, deverá ser o evento midiático do ano| Foto: Suzanne Plunkett/Reuters
  • Visitantes passam em frente do Clima Village, em Cancún. COP-18 será na África do Sul, em dezembro de 2011
  • Objetivo do Mercosul é se consolidar como bloco capaz de atuar em outros mercados
  • Após a morte de Kirchner, Cristina surgiu como o principal nome do peronismo oficial, mas sua candidatura ainda é incerta
  • Obama enfrentará batalha decisiva para implementar a reforma da saúde

A indefinição no quadro eleitoral argentino, a dura ba­­talha de Barack Obama nos Estados Unidos para tornar real a reforma no sistema de saúde, os movimentos de busca por acordos climáticos globais e o desenvolvimento do Mercosul são temas que marcaram o ano de 2010 e que continuarão a representar grandes desafios em 2011.Mercosul faz 20 anos em busca da consolidação

O Mercado Comum do Sul (Mer­­cosul) completa 20 anos em março com o desafio de mostrar-se ao mundo como um bloco consolidado e com capacidade de atuar estrategicamente. A união e a consolidação necessárias para a realização desse de­­safio compõem o re­­frão que soa quase como missão im­­pos­­sível em meio a uma etapa de letargia que o bloco vive atualmente.

"O grande desafio do Mer­­cosul é estabelecer uma agenda estratégica, que vai determinar a sua inserção internacional e seu papel na região, que é algo ainda muito mais complexo", afirma o doutor em Re­­la­­ções In­­ter­­na­­cionais e em Ciên­­cias So­­ciais Carlos Juan Mo­­neta. No seu entender, o problema do bloco re­­gional é que "ca­­da um vai por seu lado e essa integração não tem a mesma viabilidade e sustentabilidade que a de outros blocos do gênero, devido às grandes diferenças entre os países que o compõem".

A entrada da Venezuela no bloco é outro tema que ficou para ser decidido em 2011, após adiamento da discussão pelo Con­­gresso paraguaio, onde a matéria "empacou".

Situação do clima requer urgência dos governos

A próxima Conferência das Partes (COP) sobre o Clima – orquestrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) – será realizada em Durban, na África do Sul, em de­­zembro de 2011. Até lá muito trabalho será necessário para que os países membros da Convenção do Clima definam as regras que irão vigorar após o encerramento do primeiro período de Kyoto (2008-2012). "As incertezas no cenário internacional ainda são muito grandes, apesar do esforço notório dos países em tentar fechar um acordo que não deixe de fora países importantes no cenário das emissões globais, como ocorreu em Kyoto com a não ratificação do Protocolo pelos Estados Unidos, por exemplo", avalia André Rocha Ferretti, engenheiro florestal e coordenador de Conservação da Biodi­­ver­­sidade da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

"Além disso, Dur­­ban será muito importante para as Nações Uni­­das, por várias razões. Uma delas é que o período de definição da continuidade do Protocolo de Kyo­­to está expirando e existem partes que estão interessadas em que este único compromisso existente deixe de existir", afirma Denilson Cardoso, biólogo e membro da Coordenação do Observatório do Clima. "Seria muito ruim chegar a 2012 sem no mínimo a definição de quais seriam os próximos passos a serem tomados", completa o biólogo.

Para Obama, aprovação da reforma da saúde é essencial

Um juiz federal do estado norte-americano da Virgínia declarou no dia 13 de dezembro de 2010 como inconstitucional um trecho chave da reforma da saúde, aprovada anteriormente pelo governo do democrata Barack Obama. Co­­mo o governo já afirmou que vai recorrer, o caso deve subir à Su­­prema Corte em 2011. Ou seja, mais um capítulo do embate entre a vontade democrata – favorável à aprovação da reforma – e a resistência republicana – ávida por diminuir a interferência do Esta­­do na economia e, de quebra, destituir Obama das chances de reeleição em 2012.

Vale lembrar que a reforma da saúde foi uma das principais promessas da campanha de Barack Obama à Presidência em 2008. "É por isso que ele [Obama] e os de­­mo­­cratas farão o possível e o impossível para conseguir implementar, sem restrições, a reforma. É um ponto essencial do governo Obama rumo à possibilidade de reeleição", afirma Alexander Keys­­sar, professor da Universidade de Harvard, EUA.

Panorama político indefinido às vésperas das eleições na Argentina

2011 será ano de eleição presi­­den­­­­cial na Argentina. E se o cenário já andava indefinido, piorou após a morte de Néstor Kirch­­ner – o possível candidato do go­­ver­­no à disputa. Sem Néstor, a instabilidade fez morada no país que já possui – por natureza – uma das dinâmicas eleitorais e políticas mais sui generis da Amé­­rica Latina. "Em primeiro lugar, o caráter de extrema fluidez do cenário político argentino faz com que, nem remotamente, o cenário es­­teja definido. Pelo contrário, ainda não se sabe quais serão os principais candidatos", explica Matías Fran­­chini, cientista políti­­co da Uni­­versidade Católica de Buenos Ai­­res (UCA).

Em termos de candidatos, as possibilidades são muitas. No pero­­­­nismo oficial – aquele que go­­verna o país – a candidata forte é Cristina Kirchner, embora não haja certezas sobre sua decisão final de concorrer ou não ao pleito. No peronismo dissidente ou opositor – chamado de federal – existem vários candidatos possíveis: "O ex-presidente Eduardo Duhalde [que oficializou há poucos dias sua candidatura], o governador de Chubut, Mario das Ne­­ves, e o ex-governador da província de Buenos Aires, Felipe Solá.", cita Franchini.

Outros candidatos devem surgir, como o atual vice-presidente do país, Julio Cobos, ou o filho do ex-presidente Raúl Alfonsín, Ri­­cardo Alfonsín – que emergiu po­­liticamente no cenário argentino após a morte de seu pai em 2009. Segundo Franchini, é só a partir de março que devem ocorrer as definições mais importantes em termos de candidaturas.

Casamento real deve atrair atenções de todo o mundo

Assim como aconteceu em 1981, durante o casamento do príncipe Charles e a princesa Diana, mais uma vez os olhos e mídias do planeta devem se voltar – em 29 de abril – para o enlace de Kate Mid­­dleton e o príncipe William – filho de Charles e o segundo na li­­nha de sucessão à Coroa.

Economistas da consultoria Verdict estimam que o novo casamento real deverá injetar cerca de US$ 1 bilhão na economia britânica. Com milhares de fãs da família real britânica em todo o mundo, o casamento deverá beneficiar os setores de turismo, comércio e serviços do país.

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