O "reformista" Masoud Pezeshkian foi empossado nesta terça-feira (30) no Parlamento como presidente do Irã para um mandato de quatro anos, no qual enfrentará o desafio de renovar o acordo nuclear, o descontentamento popular com a falta de liberdades e a má situação econômica do país.
A cerimônia ocorreu dois dias após Pezeshkian ter sido ratificado no cargo pelo líder supremo do país, Ali Khamenei, depois de vencer a eleição de junho, após a morte do ex-presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero.
A posse do "reformista" como o nono presidente do Irã contou com a presença das principais autoridades políticas, legislativas e judiciais do país, além de representantes de mais de 70 países.
Entre os presentes estavam os líderes do chamado Eixo de Resistência, a aliança informal contra Israel, e o vice-secretário geral do Serviço Europeu de Ação Externa, Enrique Mora, que também é o coordenador das negociações para reativar o acordo nuclear de 2015.
Pezeshkian, um cardiologista e cirurgião de 69 anos, assume o cargo em um momento de grandes tensões, tanto domésticas quanto internacionais, com o descontentamento do público em relação à falta de liberdades e à má situação econômica, o conflito na Faixa de Gaza e as más relações com Ocidente, devido ao apoio à Rússia.
Durante a campanha eleitoral, o novo presidente prometeu uma reaproximação com o Ocidente e a flexibilização da obrigatoriedade do véu islâmico, promessas que agora precisa cumprir.
Um dos maiores desafios de Pezeshkian será tentar reativar o acordo nuclear de 2015, que limitou o programa nuclear do Irã em troca da retirada das sanções econômicas internacionais e que os Estados Unidos abandonaram em 2018 para impor novamente medidas restritivas contra o Irã, que, como resultado, está em uma situação econômica ruim.
Em resposta, o Irã está enriquecendo e estocando quantidades significativas de urânio com 60% de pureza, já próximo do nível de 90% necessário para fabricar armas atômicas.
O presidente iraniano tem um poder de decisão limitado, especialmente na política externa e de segurança do Irã, onde Khamenei tem vastos poderes.
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