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Refugiados da erupção do vulcão Merapi, na Indonésia, têm recebido água e alimentos nos abrigos improvisados onde se amontoam há várias semanas, mas agora pedem a criação de "áreas de amor" para satisfazer outras necessidades básicas.

A erupção matou mais de 250 pessoas e deixou quase 400 mil desabrigados, que há três semanas se veem obrigados a dormir ao lado de desconhecidos em tendas e estádios de futebol.

"Um quarto do amor seria legal", disse o recém-casado Ari Margareta, 18 anos, ao jornal Republika.

Esse conceito já foi adotado quando a região foi afetada por um terremoto em 2006. Agora, o governo de Yogyakarta, cidade próxima ao vulcão, cogita repetir a experiência.

Mas a prioridade das autoridades é distribuir roupas e alimentos e lidar com os problemas de saúde provocados pelas cinzas vulcânicas. O aeroporto da cidade, cujos templos antigos atraem muitos turistas, continuará fechado nesta semana.

O psicólogo Insan Nurrohman, que atende os desabrigados, disse que a criação de uma área íntima para casais - como uma tenda ou uma cabine de madeira - seria uma necessidade tão básica quanto a distribuição de alimentos e remédios.

Segundo ele, a experiência de 2006 mostra que esses espaços seriam seguros e não causariam problemas sociais. "Costumava haver um cronograma estabelecendo a ordem e o período de tempo para as pessoas usarem", disse Nurrohman à Reuters.

Muitos indonésios, no entanto, fazem restrições a esse tipo de espaço. A Indonésia é a maior nação islâmica do mundo, e embora a maioria da população siga uma forma moderada de religião, há aqueles que cumprem preceitos mais rígidos, inclusive ligados à castidade.

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