O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) divulgou nesta quinta-feira (13) seu relatório sobre deslocamentos forçados e refugiados em 2023.
O estudo apontou que a Venezuela, destruída pelo desastre econômico, político e social do chavismo, tem a terceira maior população de refugiados do mundo, à frente da Ucrânia, que está em guerra desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Segundo o relatório da Acnur, ao final de 2023, havia 117,3 milhões de pessoas deslocadas à força no mundo, uma alta de 8% em relação a 2022.
Destas, 43,4 milhões eram refugiadas, isto é, estavam fora do seu país de origem. O número representa 7% a mais do que no ano retrasado.
O país com mais cidadãos morando em outros países devido a deslocamento forçado em 2023 foi o Afeganistão, onde o Talibã retomou o poder em meio à desastrada retirada americana em 2021: cerca de 6,4 milhões de refugiados no ano passado. Em seguida, apareceu, com praticamente o mesmo número, a Síria, onde ocorre uma guerra civil desde 2011.
A Venezuela veio em terceiro lugar, com 6,1 milhões de refugiados – em 2022, eram 5,4 milhões. Segundo a Acnur, 97% dos refugiados venezuelanos estavam ao fim do ano passado em outros países latino-americanos, principalmente na Colômbia (2,9 milhões), Peru (1 milhão), Equador (471,4 mil) e Chile (435,8 mil).
Completaram o grupo dos cinco países com mais cidadãos morando no exterior devido a deslocamento forçado a Ucrânia, com 6 milhões de refugiados, e o Sudão, onde outra guerra estourou em 2023, com 1,5 milhão.
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