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O chanceler Yván Gil disse que as “instituições triunfaram” e pediu que outros países não interfiram “em assuntos internos da Venezuela”
O chanceler Yván Gil disse que as “instituições triunfaram” e pediu que outros países não interfiram “em assuntos internos da Venezuela”| Foto: EFE/Ronald Peña R.

O regime da Venezuela disse nesta quinta-feira (22) que a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) confirmando a vitória do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, um resultado questionado pela oposição majoritária e por muitos países, representou um desfecho às acusações de fraude no processo eleitoral.

O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, disse ao canal estatal VTV que a decisão da Sala Eleitoral “encerra um capítulo”, apesar das críticas de dentro e fora do país sobre a falta de imparcialidade do TSJ, controlado por juízes afins ao chavismo.

“Está claro, todo o processo está bem descrito, como foi realizado, os detalhes do processo eleitoral. E é muito importante que o mundo saiba que a Constituição, o Estado de Direito, as instituições triunfaram”, disse o chanceler minutos depois que a presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, leu a decisão que valida a vitória de Maduro.

Gil afirmou que essa eleição “despertou um interesse realmente importante” no mundo, ao qual exigiu respeito e “não interferência nos assuntos internos da Venezuela”.

De acordo com ele, a decisão do TSJ demonstra que a anunciada vitória do chavismo é “um resultado alinhado com a vontade e as necessidades do povo venezuelano”, o que também pode ser confirmado “na paz social, econômica e política” que, segundo ele, existe no país – apesar das milhares de prisões e dezenas de mortes nos protestos pós-eleição.

Depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a vitória de Maduro, protestos eclodiram em todas as regiões da Venezuela, enquanto a principal coalizão de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciou fraude e afirmou que seu candidato, Edmundo González, venceu por uma ampla margem.

O líder chavista pediu ao TSJ para que validasse o resultado eleitoral, tarefa que os juízes concluíram em 22 dias em um processo que excluiu representantes da PUD, enquanto o bloco continua exigindo que o CNE publique os resultados detalhados, algo que estava contemplado no cronograma eleitoral, mas não foi cumprido.

Embora o governo considere o “capítulo” eleitoral encerrado, grande parte da comunidade internacional pediu a publicação dos resultados detalhados, enquanto alguns países, como Estados Unidos e Argentina, reconheceram González como o vencedor da disputa.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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