O governo dos Estados Unidos concluiu que o regime da Síria usou cloro como arma química em um ataque contra forças da oposição em 19 de maio deste ano. A conclusão da análise feita pela inteligência dos EUA foi divulgada pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26).
"O regime [do ditador sírio Bashar] Assad é responsável por inúmeras atrocidades, algumas das quais são crimes de guerra e crimes contra a humanidade", afirmou Pompeo. "Esse ataque é a instância mais recente de um longo padrão de ataques com armas químicas por Assad que mataram ou feriram milhares de sírios".
Os EUA disseram que receberam vários relatos que apontavam para exposição a químicos após um ataque do regime sírio na província de Idlib, noroeste da Síria, em maio.
Como parte da campanha de "pressão máxima" do governo americano, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou nesta quinta-feira entidades russas que apoiam o regime da Síria, "facilitando envios de combustível de jatos para as forças militares russas na Síria".
Com o apoio militar da Rússia, as forças de Assad retomaram grandes áreas da Síria de rebeldes desde 2015, e agora controlam cerca de 60% do país. A Rússia frequentemente se refere aos seus soldados enviados à Síria como conselheiros militares, embora suas forças e aviões de guerra também estejam envolvidos diretamente em batalhas contra jihadistas e outros rebeldes, segundo a agência AFP.
Após a conclusão de que o regime de Assad usou agentes químicos neste ano, o governo americano decidiu fornecer mais U$ 4,5 milhões para a Organização para a Proibição de Armas Químicas para ajudar com investigações contínuas sobre o uso de armas químicas na Síria.
Este seria o primeiro ataque da Síria com armas químicas confirmado desde abril de 2018, quando o governo usou um ataque de gás na cidade de Douma, causando várias mortes. Os EUA, a França e o Reino Unido responderam com ataques coordenados de mísseis contra o que os países descreveram como alvos de armas químicas da Síria.
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