Ouça este conteúdo
O regime chavista intensificou sua ofensiva contra o líder opositor Edmundo González Urrutia ao divulgar nesta quinta-feira (2) um cartaz de "ordem de captura" nas redes sociais do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc). No cartaz, a ditadura de Nicolás Maduro acusa González de uma série de crimes, incluindo “conspiração, usurpação de funções e associação para delinquir”. Além disso, anunciou uma recompensa de US$ 100 mil para quem fornecer “informações” sobre sua localização.
De acordo com informações, além das redes sociais, o cartaz deverá ser distribuído também em aeroportos e postos policiais por toda Venezuela. A nova ação do chavismo contra o opositor ocorre a poucos dias da data marcada para a posse presidencial na Venezuela, em 10 de janeiro. Neste dia, tanto Maduro quanto González disseram que vão tomar posse como novo chefe do Executivo do país. González já prometeu retornar ao país para assumir o cargo máximo, em desafio direto ao regime de Maduro. O opositor foi o vencedor do pleito presidencial de 28 de julho, fraudado por Maduro através do seu chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
González atualmente está asilado na Espanha após ser alvo de repressão na Venezuela. A líder opositora María Corina Machado, que ainda vive no país sul-americano, e outras figuras da Plataforma Unitária Democrática (PUD) planejam realizar protestos nos próximos dias para pressionar o regime e demonstrar insatisfação popular com Maduro.