O ditador da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, em coletiva na saída do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez
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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e ongs de Direitos Humanos denunciaram nesta segunda-feira (22) que o regime de Nicolás Maduro ordenou o bloqueio de três portais de notícias nesta semana.

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Segundo o comunicado, o acesso aos portais venezuelanos TalCual, Runrunes e El Estímulo, bem como o da associação civil Medianalytica, foram bloqueados pelos principais fornecedores de serviços de Internet.

“Trata-se de uma escalada contra a liberdade de imprensa, expressão e informação, a apenas seis dias das eleições presidenciais ”, afirmou o SNTP no X.

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O diretor do TalCual, Víctor Amaya, afirmou à Agência EFE que o site foi bloqueado nesta segunda-feira, aproximadamente às 12h15 locais (16h15 GMT), por seis provedores de internet, incluindo a estatal Cantv.

Carlos Correa, diretor da ong Espaço Público, encarregada de fiscalizar a liberdade de expressão no país, afirmou que o site da organização também foi bloqueado nos últimos dias. Para ele, esse é, "sem dúvida, um fato muito grave dado o contexto eleitoral”.

“Por que isso é sério? Basicamente, os processos eleitorais precisam de informações para que as pessoas possam tomar decisões ou se houver alguma eventualidade”, disse Correa.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a fazer ameaças e a falar da possibilidade de uma guerra civil no país caso o chavismo seja derrotado na eleição presidencial do próximo domingo (28).

Na semana passada, o ditador já havia falado num comício em Caracas que, “se [os venezuelanos] não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida”, era necessário votar no chavismo.

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