Civis caminham até um ponto de encontro de onde seriam tirados de Homs sitiada| Foto: Thaer Al Khalidiya/Reuters

Prazo

Pausa humanitária em região síria é ampliada por três dias, diz ONU

A chefe de assuntos humanitários da ONU, Valerie Amos, saudou ontem um acordo entre o governo sírio e a oposição para estender uma trégua humanitária em uma área sitiada e controlada pelos rebeldes na cidade de Homs, depois que agentes de ajuda foram alvejados na região no fim de semana. "Recebi com satisfação a notícia de que as partes em conflito concordaram em estender a pausa humanitária na cidade antiga de Homs por mais três dias", disse Amos em comunicado. Ela acrescentou que a "ONU e trabalhadores humanitários do Crescente Vermelho Árabe Sírio foram alvejados" no fim de semana ao tentar ajudar as pessoas em Homs. "Espero que esta [extensão] nos permita retirar ainda mais civis e entregar suprimentos adicionais muito necessários", afirmou ela. O Crescente Vermelho Sírio disse que 300 pessoas foram retiradas de Homs ontem, no quarto dia de ação em parte da cidade, totalizando quase 1 mil pessoas que deixaram o local, onde rebeldes que lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, estão cercados há mais de um ano por forças do governo.

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Dinheiro

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2 questões

Durante a segunda semana de negociações, o mediador Lakhdar Brahimi planeja expandir o escopo das discussões para outras duas questões: como administrar a continuidade das instituições sírias e como lidar com o processo de diálogo nacional e reconciliação que deve emergir de qualquer eventual acordo em Genebra.

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Pessoas

O conflito sírio foi adquirindo cada vez maiores tinturas sectárias desde seu início em março de 2011. Em quase três anos, a guerra civil deixou mais de 130 mil mortos e provocou o deslocamento de 9,5 milhões de pessoas, dos quais 4 milhões para o exterior.

As negociações sobre a guerra civil na Síria foram retomadas ontem em Genebra, dez dias após a primeira rodada de diálogo, que terminou sem acordo. As delegações voltam a dialogar trocando acusações sobre a violência e o pouco progresso na entrega de ajuda humanitária.

Os representantes do regime do ditador Bashar al-Assad e da oposição se encontrarão separadamente com o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi. Em comunicado, o mediador defendeu que os dois lados entrem em discussões sérias sobre o fim da violência e a transição política.

"O futuro desse processo político e seu sucesso dependem de uma declaração clara que os dois lados tenham uma vontade política inteira e forte sobre as duas questões, o que requere coragem, persistência, tenacidade e abertura para atingir soluções exitosas, não importando o quão complicadas e difíceis sejam."

As delegações, porém, continuam a trocar acusações. Para o porta-voz da Coalizão Nacional Síria, Louay Safi, as negociações não devem seguir se o regime continua a usar a violência contra a população síria. "É inaceitável que o regime mande sua delegação enquanto mata nosso povo na Síria."

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Enquanto isso, o regime continua a ter como foco na conferência o combate aos terroristas, forma como se refere aos rebeldes, e se recusa a comentar sobre uma transição. Outro ponto de impasse é a manutenção da trégua que permitiu a retirada de civis e a entrega de ajuda humanitária a Homs, na região central do país.

As delegações negociam uma extensão de três dias no acordo, que permitiu a saída de 600 pessoas, em sua maioria idosos, crianças e mulheres, e a chegada da ajuda humanitária.

As negociações são retomadas um dia após um ataque de grupos radicais islâmicos à cidade de Maan, que deixou mais de 40 mortos.

Cristina volta a acusar empresários de saquearem argentinos

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, publicou na internet ontem uma campanha para tentar conter a alta dos preços no país, após a desvalorização de 23% do peso ocorrida em janeiro. Cristina publicou uma mensagem em sua conta no Facebook na qual apela para que a população se una em defesa dos preços e reitera acusações de que os empresários "saqueiam" o bolso dos argentinos. "Estar unido não significa pensar o mesmo em tudo, estar unido não significa não ter diferenças, mas ninguém pode estar de acordo em que saqueiem os argentinos, depois do esforço que custou a todos chegar até aqui. Ninguém, ninguém", disse.

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