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Repressão

Regime egípcio põe fim à lei de emergência após 31 anos

Manifestantes antigoverno na Praça Tahrir, centro do Cairo | Suhaib Salem/Reuters
Manifestantes antigoverno na Praça Tahrir, centro do Cairo (Foto: Suhaib Salem/Reuters)

O Exército egípcio decidiu ontem não renovar lei de emergência vigente desde 1981, pondo fim a um dos símbolos da repressão e da arbitrariedade do regime de Hosni Mubarak, deposto em 2011 por uma revolta popular.

O fim da lei de exceção era uma reivindicação dos movimentos de jovens que iniciaram a "revolução" de 2011 e de organizações de defesa dos direitos humanos.

O anúncio foi feito a pouco mais de duas semanas do segundo turno das eleições presidenciais, em que disputarão um islamita e um ex-premiê do governo Mubarak.

Em um comunicado divulgado pela agência oficial Mena, o Conselho Supremo das Forças Armadas, no poder desde a queda de Mubarak, indicou que o Exército "continuará assumindo a responsabilidade nacional de proteger a segurança da nação e de seus cidadãos".

A lei de exceção permitia limitar as liberdades públicas, fazer detenções e realizar julgamentos em tribunais de exceção.

A ONG Human Rights Watch classificou de "histórico" o fim do estado de emergência. Para a organização, porém, os efeitos práticos serão poucos, já que seguem existindo tribunais militares arbitrários, mas reconhecidos pelo governo.

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