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Venezuela

Regime de Maduro não permite que presa política com linfoma faça exames, diz oposição

Familiares de presos políticos fazem manifestação em frente à sede local da ONU, na segunda-feira (21), em Caracas (Foto: EFE/Ronald Peña R.)

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Um político da oposição ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e a ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) denunciaram que uma presa política de 51 anos que está com linfoma deu entrada de emergência num hospital nesta quarta-feira (23) e reencaminhada para a prisão logo depois. Também informaram que ela precisa de um exame, para o qual não recebeu autorização.

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, Yenny Batista foi presa por participar dos protestos contra a fraude eleitoral de 28 de julho, que manteve Maduro no poder.

Nesta quarta-feira, ela foi levada às pressas ao hospital central de Barquisimeto, no estado de Lara, porque sentia dores fortes. Depois de receber atendimento médico paliativo, voltou à carceragem da Polícia Nacional Bolivariana (PNB).

“Ela é uma paciente oncológica que passou por uma cirurgia recentemente, seu câncer é linfático e ela sente fortes dores nas pernas e precisa urgentemente de um Ecodoppler [ultrassom que permite a visualização do fluxo sanguíneo nas veias e artérias] para descartar [a presença de] trombos. Até o momento, não a transferiram para um centro médico privado para realizar o eco. É assim que a ditadura age, sem piedade e com toda a crueldade contra todos os presos políticos”, denunciou Alfredo Ramos, ex-prefeito de Barquisimeto, no X.

Também no X, o OVP informou que os administradores do hospital onde ​​ Batista foi atendida argumentaram que não puderam levar a presa política para fazer o exame porque faltava uma ordem de transferência emitida pela Justiça. A mulher havia passado por cirurgia 17 dias antes de ser presa, em 9 de setembro.

“É urgente que a senhora Yenny seja avaliada por um oncologista para iniciar os seus ciclos de quimioterapia, conforme indicado na sua audiência de apresentação, depois de ter sido detida em setembro durante a repressão pós-eleitoral em Carora”, afirmou o OVP. A ditadura da Venezuela não se pronunciou sobre o caso.

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