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Conflito

Regime sírio culpa rebeldes pelo massacre em Hama

Regime sírio culpa "grupo terrorista" pelo massacre em Hama

Cairo, 26 abr (EFE).- O regime de Damasco culpou nesta quinta-feira um "grupo terrorista" pelo massacre de ontem em um bairro dominado pela oposição de Hama, no centro da Síria, onde 16 pessoas morreram nos números do Governo, mas a oposição contabiliza 70 óbitos.

A agência de notícias oficial "Sana" revelou que uma bomba explodiu em uma casa usada por um grupo terrorista para fabricar explosivos no bairro de Mashaa al Tayar.

Além das vítimas, entre as quais havia crianças e mulheres, a "Sana" destacou ao menos 12 feridos na explosão que causou danos materiais em seis prédios contíguos.

Esta versão difere da dada pelos grupos opositores, quem sustenta que as forças do regime bombardearam na quarta-feira esse bairro, habitado em sua maioria por famílias procedentes da cidade de Homs, que tiveram de se deslocar pela repressão do regime contra essa localidade.

Enquanto os opositores Comitês de Coordenação Local cifraram em 70 os óbitos, entre elas, 16 crianças, a Rede Síria de Direitos Humanos apontou que as vítimas foram 68 e a Comissão Geral da Revolução Síria calculou em 71 os falecidos.

Após o massacre, o Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal grupo opositor no exílio, pediu nesta quinta uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para avaliar o plano de paz para a Síria, vigente desde o último dia 12 de abril e que estabelece o fim das hostilidades.

"Depois do massacre de Hama e a execução de vários ativistas que se reuniram com os observadores para informar o que acontecia no terreno, pedimos ao Conselho de Segurança uma reunião urgente para avaliar a situação em que está a iniciativa agora", disse à Agência Efe o dirigente do CNS, Ahmed Ramadã.

Ramadã se referia aos observadores militares não armados da ONU que visitam Síria para verificar o cumprimento do plano de paz.

"Está claro que quem se reúne com os observadores tem problema de proteção pessoal", lamentou Ramadã, quem denunciou que Damasco não respeitou o cessar-fogo e que ontem usou em Hama mísseis de médio alcance que destruíram muitas casas.

"O regime está usando novo armamento, armas utilizadas em guerras", apontou.

Por outro lado, no Cairo, uma delegação do CNS, liderada por seu dirigente Basma Qadmani, pediu nesta quinta-feira aos ministros das Relações Exteriores árabes para que adote uma postura comum "forte" diante do descumprimento por parte do Governo de Damasco do plano de paz do mediador internacional Kofi Annan.

Qadmani fez este pedido ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, antes da reunião extraordinária prevista para hoje dos ministros, apontaram a Efe fontes da organização pan-árabe.

O dirigente opositor espera que a postura dos ministros árabes seja "valente" para transmitir uma mensagem forte ao Governo sírio para que coloque fim as hostilidades.

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