Tropas sírias iniciaram ontem forte avanço militar no reduto insurgente de Homs, segundo relatos de ativistas. As restrições que o regime do ditador Bashar Assad impõe ao trabalho da imprensa no país dificultam a verificação de informações.
Sitiada e bombardeada há 25 dias, Homs, bastião da insurgência contra o regime, enfrenta blecaute e bloqueio de comunicação.
Relatos dão conta de que os tanques que assaltam a cidade pertencem à divisão comandada por Maher, irmão de Assad conhecido pela brutalidade. Ativistas dizem que ao menos 15 civis morreram.
A Síria se recusou a deixar Valerie Amos, enviada da ONU, entrar no país, segundo ela afirmou ontem. Para um diplomata ocidental, a negativa é sinal de que Assad quer sufocar a insurgência em Homs. Ontem, o jornalista espanhol Javier Espinosa escapou de Homs e chegou ao Líbano. Na terça, o fotógrafo britânico Paul Conroy fora resgatado. Permanecem na cidade, ainda, os franceses William Daniels e Edith Bouvier, que está ferida. Dois outros jornalistas foram mortos.
Isaac Herzog, ministro de Bem-Estar e Serviços Sociais de Israel, afirmou ontem que líderes da oposição síria lhe disseram que querem paz com Israel assim que derrubarem o regime de Assad.