O regime sírio vai pedir um cessar-fogo, caso seja realizada uma nova conferência internacional, a chamada Genebra 2, declarou o vice-primeiro-ministro sírio de Relações Econômicas, Qadri Jamil, ao jornal britânico "The Guardian". Segundo Jamil, o conflito entre o regime e os rebeldes chegou a um impasse, e nenhuma das duas partes tem os meios para superá-lo.
Falando em nome do governo, Jamil afirmou que nenhum dos lados era forte o suficiente para vencer o conflito, que já dura dois anos, e causou a morte de mais de 100 mil pessoas. Se aceito pela oposição armada, um cessar-fogo teria que ser mantido "sob observação internacional", o que poderia ser fornecido por monitores das Nações Unidas - desde que viessem de países neutros ou amigáveis.
No comando das finanças do país, vice-primeiro-ministro também disse que a economia da Síria sofreu perdas catastróficas - cerca de US$ 100 bilhões, o equivalente a dois anos de produção normal.
"Nem a oposição armada, nem o regime são capazes de derrotar o outro lado. Este saldo de forças não vai mudar por um tempo."
O fim da intervenção estrangeira, um cessar-fogo e o lançamento de um processo político de paz são algumas das questões que poderiam ser propostas na cúpula, de acordo com o vice-premier.
Nesta quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, defendeu nesta quinta-feira que o Conselho de Segurança tome uma decisão sobre a Síria na semana que vem, quando os membros permanentes do órgão se reunirão em Nova York antes da Assembleia Geral da ONU.
"O Conselho de Segurança deve estar preparado pra agir na próxima semana. O tempo é curto. Não vamos gastá-lo debatendo o que já sabemos. É vital que a comunidade internacional levante e converse nos termos mais fortes possíveis sobre a importância de reforçar a ação de livrar o mundo das armas químicas da Síria", afirmou.
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