As regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhya e Kherson, anexadas por Moscou em setembro de 2022 e parcialmente controladas pelas suas tropas, vão votar nas eleições presidenciais russas em março de 2024, informou nesta segunda-feira (11) a Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia.
“Hoje, 11 de dezembro de 2023, a Comissão Eleitoral Central da Rússia realizou consultas sobre a possibilidade de realizar eleições presidenciais no território de quatro regiões onde se introduziu a lei marcial”, afirmou a CEC em um comunicado.
Segundo a nota, “todas as partes nas consultas consideraram possíveis as eleições no território das referidas regiões”, onde a lei marcial está em vigor desde outubro de 2022.
O vice-presidente da CEC, Nikolai Bulaev, lembrou, por sua vez, que Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhya e Kherson já votaram nas eleições municipais e regionais em setembro de 2023.
“Juntos superamos esta tarefa e vimos que o sistema eleitoral destas quatro entidades, criado em um espaço de tempo bastante curto, não só é viável, como funciona de forma extremamente profissional”, considerou Bulaev.
O vice-presidente da CEC acrescentou que representantes do Ministério da Defesa russo e do Serviço Federal de Segurança (FSB) confirmaram durante as consultas na CEC que é possível realizar eleições presidenciais em Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhya e Kherson.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na semana passada que concorrerá à reeleição em março do próximo ano, o que poderá mantê-lo no poder até 2030.
O partido governista, Rússia Unida, que controla dois terços dos assentos no Parlamento, declarou imediatamente o seu apoio ao líder russo, embora Putin deva concorrer como candidato independente.
A CEC informou anteriormente que as eleições de 2024 serão realizadas durante três dias (15, 16 e 17 de março), de forma que a mesma regra poderá ser aplicada ao processo eleitoral nas regiões anexadas.
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