O rei da Espanha, Juan Carlos I, acompanhado por uma comissão de empresários, chega na tarde deste domingo (3) a Brasília, e nesta segunda-feira (4) se reunirá com a presidente Dilma Rousseff como parte de uma visita que tem como objetivo intensificar o relacionamento econômico entre os dois países.

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Esta será a primeira viagem do monarca ao Brasil desde 2000, quando previu que as transformações vividas então pelo país o consolidariam como "um dos colossos econômicos do mundo", previsão que se cumpriu amplamente e que a Espanha acompanhou com uma presença cada vez mais notável de seus investimentos.

As empresas espanholas têm hoje notória presença no Brasil em praticamente todas as áreas, abrangendo as de telecomunicações, bancos, energia, infraestrutura, turismo, transporte, pesca e coleta de resíduos, entre outras.

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O rei Juan Carlos deve chegar a Brasília por volta das 17h, mas não terá atividades oficiais até amanhã, quando será recebido por Dilma no Palácio do Planalto para uma reunião de trabalho.

Nesse encontro, de acordo com informações dadas à Agência Efe pelo governo brasileiro, serão tratados diversos aspectos da relação bilateral, com especial ênfase nos assuntos comerciais e econômicos, assim como os temas da próxima Cúpula Ibero-Americana, que será realizada em Cádiz (Espanha) e para a qual o rei convidará pessoalmente Dilma.

Além disso, entre outras questões, serão abordados o estado das negociações para um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, cuja Presidência semestral será exercida pelo Brasil a partir de julho.

Após esse encontro, os dois chefes de Estado irão ao Palácio do Itamaraty, onde a presidente oferecerá um almoço em homenagem ao monarca.

Antes do almoço, Dilma e o rei se reunirão com um grande grupo de empresários, que por parte da Espanha incluirá diretores de Telefónica, Banco Santander, Gás Natural Fenosa, CAF, Repsol, Iberdrola, Iberia, Isolux, Abengoa, Indra, Aciona, Talgo, Navantia e Airbus Military, entre outras companhias.

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A maioria dessas empresas opera no Brasil, chamado recentemente pelo ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, de "porto favorito" para o investimento espanhol. De acordo com dados oficiais do governo brasileiro, o investimento espanhol total no país é de cerca de US$ 85 bilhões, e desembarcou em maior parte a partir de 1998.

Nichos de negócios para o futuro imediato, como a exploração de petróleo do pré-sal, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão analisados pelo rei Juan Carlos, Dilma e os empresários, que além disso aproveitarão a ocasião para estreitar ainda mais seus laços.

Em função da visita do monarca, a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), representada nesta viagem por seu presidente, Juan Rosell, assinará um acordo de colaboração com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Além disso, segundo a CNI, as duas entidades patronais formalizarão a criação de um Conselho Empresarial Brasil-Espanha, que será responsável por laços entre os setores privados de ambos os países e estimular o investimento mútuo e o comércio bilateral, que em 2011 chegou a US$ 8 bilhões, com aumento de 20% em relação ao ano anterior.

Após suas atividades no Brasil, Juan Carlos I viajará ao Chile, onde na terça-feira (5) será recebido pelo presidente Sebastián Piñera, com quem presidirá um encontro empresarial.

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