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Riad (Reuters) – O rei Fahd, da Arábia Saudita, foi enterrado num túmulo simples e sem identificação ontem, depois de uma breve cerimônia fúnebre à qual líderes muçulmanos compareceram para homenagear o monarca, que comandou o gigante produtor do petróleo por duas décadas turbulentas. Seguindo as austeras tradições islâmicas do reino, Fahd, que viveu em meio a uma enorme riqueza, foi sepultado num cemitério público de Riad, ao lado de centenas de outros túmulos comuns.

Fahd morreu na segunda-feira, aos 82 anos, depois de 23 anos liderando o país que é berço do Islã e que lidera as exportações de petróleo. Na mesquita Imã Turki bin Abdullah, na capital, líderes muçulmanos do mundo todo juntaram-se aos sauditas e ao sucessor e meio-irmão de Fahd, Abdullah, para rezar pelo rei. A curta cerimônia foi desprovida de pompa. O corpo de Fahd, enrolado numa mortalha marrom, foi retirado da mesquita por uma ambulância.

Ao contrário de muitos Estados muçulmanos, a Arábia Saudita não estabeleceu um período de luto, seguindo o preceito Wahhabi de aceitar a vontade de Deus sem questionamentos. As bandeiras sauditas tremulavam no alto dos mastros. Lojas e negócios funcionaram normalmente, embora houvesse um clima geral de tristeza.

A onda de ataques da Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden, saudita de nascimento, turvou os últimos anos do reinado de Fahd, que estava debilitado pelo derrame que sofreu em 1985. O reinado de Fahd foi marcado por guerras regionais, enormes flutuações nos preços do petróleo e uma crise no relacionamento da Arábia Saudita com seu principal aliado, os Estados Unidos, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, executados por seqüestradores em grande parte sauditas. Abdullah, que vem cuidando das questões cotidianas do governo há dez anos, deve manter o compromisso saudita de estabilizar o mercado do petróleo

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