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O rei Abdullah II da Jordânia acusou neste domingo Israel de ser o responsável das hostilidades contra a Faixa de Gaza e pediu à comunidade internacional que pressione e cobre o país por isso.

"Israel tem que assumir a responsabilidade destas agressões e o mundo tem que assumir a responsabilidade de pôr fim à ocupação israelense", destacou o monarca em entrevista ao jornal estatal "Al-Ghad".

Abdullah II assinalou que o povo palestino só quer liberdade, segurança e dignidade e acrescentou que esperava mais pressão por parte da comunidade internacional sobre Israel para continuar as negociações de paz e pôr fim à construção de assentamentos em Jerusalém Oriental e Cisjordânia.

"Com essa destruição e o aumento do número de mártires, podemos ver uma maior pressão internacional para levar adiante os esforços para conseguir uma solução ao conflito de Gaza", disse o monarca.

Solução

Uma delegação de todas as facções palestinas está negociando no Cairo desde 3 de agosto para conseguir uma solução ao conflito.

O número de palestinos mortos desde o início da intervenção israelense já chega perto dos dois mil, a maioria civis e 448 deles crianças, enquanto as vítimas israelenses ascendem a 67 falecidos e quinhentos de feridos.

Quanto à crise do Iraque, o rei jordaniano ressaltou que a falta de acordo entre as facções iraquianas alimenta o extremismo e o terrorismo no norte do país.

A instabilidade no norte tem seu reflexo nas turbulências políticas em Bagdá, onde ainda não foi formado um novo governo após as eleições gerais de abril, embora o primeiro-ministro interino, Nouri al-Maliki, cuja coalizão foi a mais votada, anunciou que pretende seguir à frente.

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