O rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, chamou neste sábado por telefone o presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, para expressar seu apoio à iniciativa desse país para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O porta-voz da presidência egípcia, Ihab Badawi, assinalou em comunicado que o rei saudita respaldou o plano egípcio e elogiou o "interesse do Egito em seus irmãos árabes apesar de suas preocupações internas".
Além disso, o rei Abdullah chamou a comunidade internacional a assumir suas responsabilidades com o povo palestino e facilitar ajuda humanitária à Faixa.
Segundo a agência oficial de notícias saudita "SPA", o monarca saudita abordou com Al Sisi "a evolução e as repercussões dos conflitos" no Oriente Médio e a "situação geral nos âmbitos regional e internacional".
Esta chamada coincide com um momento de intensas gestões diplomáticas para tentar conseguir um cessar-fogo em Gaza, onde morreram mais de 330 palestinos desde o começo da ofensiva israelense na Faixa (conhecida como operação "Limite protetor"), em 8 de julho.
O Cairo impulsionou uma iniciativa como mediador para que cessem as hostilidades entre Israel e o movimento islamita Hamas (que controla a Faixa), embora este último tenha rejeitado por enquanto assinar um acordo desse tipo e pede em troca que sejam cumpridas as condições, como o fim do bloqueio de Gaza e a libertação de presos palestinos.
O governo egípcio acusou a Turquia e o Catar, próximos ao Hamas e críticos com as novas autoridades egípcias, de dificultar as negociações.
Desde o golpe de Estado contra o presidente islamita Mohammed Mursi em 3 de julho de 2013, o Egito se alinhou com a Arábia Saudita e outros países do Golfo frente ao Catar, país que é acusado de se envolver em seus assuntos internos e respaldar a Irmandade Muçulmana, grupo que considera terrorista.
Até o momento, mais de 330 pessoas, em sua maioria civis palestinos, morreram e mais de dois mil ficaram feridas nos 12 dias de intensos e incessantes bombardeios israelenses sobre a faixa.
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