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Bombardeio incendeia depósito de combustível nas proximidades de Misrata | Mussab Al-Khairalla/Reuters
Bombardeio incendeia depósito de combustível nas proximidades de Misrata| Foto: Mussab Al-Khairalla/Reuters

Recuo ocidental

O governo britânico foi o último, dentre as grandes potências ocidentais, a considerar que Muamar Kadafi fique na Líbia depois de deixar o poder.

Reino Unido

"Obviamente, (Kadafi) deixar a Líbia seria a melhor maneira de mostrar ao povo líbio que eles não precisam mais conviver com o medo. Mas essa é uma decisão dos líbios."

William Hague, chanceler britânico.

França

"Um dos cenários é que ele permaneça na Líbia sob uma condição: que ele claramente se afaste da vida política."

Alain Juppe, chanceler francês.

Itália

"Eles (líbios) decidirão se Kadafi deve deixar o poder, mas como e quando. Dito isso, a questão é definir se ele fica ou não no país."

Franco Frattini, chanceler italiano

Estados Unidos

"Ele precisa deixar o poder... e então quem irá decidir é o povo líbio."

Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

Oposição líbia

"Kadafi pode permanecer na Líbia, mas haverá condições. Nós decidiremos onde ele vai ficar e quem irá o vigiar. As mesmas condições serão aplicadas à sua família."

Mustafa Abdul Jalil, líder da oposição.

  • Confira onde fica a Líbia

O Reino Unido recuou e admitiu a permanência do ditador Mua­mar Kadafi na Líbia. O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, foi o último, entre os representantes dos países ocidentais, a admitir a permanência de Kadafi caso ele renuncie.

Os aliados ocidentais insistiram, por algum tempo, que Kadafi saísse do país como condição para o fim do conflito que já dura cinco meses.

O líder dos rebeldes, Mustafa Abdul-Jalil, também disse ao Wall Street Journal que Kadafi poderia ficar na Líbia se renunciasse. A França admitiu essa possibilidade na semana passada e a Casa Branca afirmou que é o povo líbio quem deve decidir.

Ontem, Hague afirmou que o Reino Unido e a França estão "unidos", após essas divergências surgidas entre os dois países durante a última semana.

"Sobre o tema da Líbia, o Reino Unido e a França estão, desde o começo, absolutamente unidos. Nossas operações militares já permitiram salvar vidas", afirmou Hague junto a seu colega francês, Alain Juppé.

Juppé concordou e considerou que Londres e Paris estavam "na mesma linha". "Pensamos que é necessário continuar exercendo uma forte pressão sobre o regime líbio", declarou.

Em resposta, o primeiro-ministro da Líbia, Al-Baghdadi Ali Al-Mahmoudi, disse que seu país não iniciará diálogos sobre o fim do conflito com os rebeldes se a Or­­ganização do Tratado do Atlân­ tico Norte (Otan) não paralizar seus ataques aéreos.

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