O chanceler britânico, William Hague, advertiu nesta segunda-feira (25) Israel a evitar qualquer ação que possa prejudicar o acordo em torno do programa nuclear iraniano alcançado na véspera. Hague afirmou que é necessário entender aqueles que se opõem ao acordo que levará Teerã a reduzir sua produção nuclear, mas que é necessário dar uma chance à paz. Para ele, as críticas devem ficar restritas à retórica.
"Devemos desencorajar qualquer um no mundo, incluindo Israel, a tomar medidas que possam minar esse acordo e vamos deixar isso claro a todos os envolvidos", disse o ministro no Parlamento britânico, afirmando que o Reino Unido "estará alerta".
Na véspera, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descrevera como um erro histórico o acordo fechado entre o governo iraniano e as potências mundiais, em Genebra. Netanyahu vai enviar seu conselheiro de segurança nacional a Washington para discutir o assunto.
Hague acredita que um acordo amplo com o Irã sobre o seu programa nuclear deve ser alcançado em um ano.
Apesar de uma certa desconfiança, a maioria dos países árabes apoiou a iniciativa alcançada no domingo. Qatar, Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos divulgaram comunicados elogiando a medida.
A Arábia Saudita, por sua vez, reagiu com cautela, afirmando que isso será um bom primeiro passo se houver boa vontade. E acrescentou que será considerado amplo se livrar o oriente Médio de todas as armas de destruição em massa - em uma referência ao arsenal israelense.
"Se houver boa vontade, esse acordo poderá representar um passo preliminar no caminho de uma solução mais ampla para o programa nuclear iraniano", diz o comunicado do governo saudita.
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